Taxa geral de inadimplência sobe pelo oitavo mês seguido

De acordo com a autoridade monetária, este é o oitavo mês consecutivo de aumento na taxa

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A taxa geral de inadimplência, que inclui todas as operações com pessoas físicas e também com empresas, subiu de 5,7% em junho para 5,9% em julho deste ano, informou nesta quarta-feira (26) o Banco Central.

Segundo a instituição, este é o maior valor da série histórica disponibilizada pelo BC na internet, que tem início em junho de 2000. A maior taxa registrada anteriormente havia sido justamente em junho deste ano: de 5,7% ao ano.

De acordo com a autoridade monetária, este é o oitavo mês consecutivo de aumento na taxa geral de inadimplência, que registra operações com atrasos superiores a 90 dias.

A taxa começou a subir em dezembro de 2008 em diante, quando a retração do crédito, por conta dos efeitos do agravamento da crise financeira internacional, já estava sendo sentida.

Previsão de queda

Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, a taxa geral de inadimplência subiu em julho por conta, basicamente, das operações dos bancos com as linhas de "conta garantida" e "desconto de duplicata", ou seja, que são destinadas a empresas.

"A inadimplência para pessoa física deve ter queda logo à frente. Os atrasos no pagamento, até 90 dias [que ainda não configuram inadimplência], estão em queda acentuada. A expectativa é de acomodação nesta inadimplência", disse ele.

Pessoas físicas

A taxa de inadimplência das operações dos bancos somente com pessoas físicas permaneceu estável em 8,6% em julho, ou seja, o mesmo valor registrado em junho deste ano. É o maior valor, pelo menos, desde o início da série disponibilizada na internet pelo BC, que começa em junho de 2000.

Empresas

Já a taxa de inadimplência das empresas brasileiras, com atrasos no pagamento superior a 90 dias, o valor subiu para 3,8% em julho deste ano. Em junho, estava em 3,4%. O valor de junho é o maior desde maio de 2001, quando estava em 4,2%.

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