A conta de luz dos consumidores de energia atendidos pelas 63 distribuidoras do país --como Eletropaulo e Cemig-- vai ficar mais cara nos próximos anos.
Além dos habituais reajustes anuais, há outro fator de pressão sobre os preços: a fuga de grandes consumidores para o chamado mercado livre de energia.
O problema mais imediato dessa debandada é o furo no planejamento de compra de energia pelas distribuidoras. Elas compraram energia para um cliente que foi embora. Essa fuga tem gerado a sobrecontratação das concessionárias.
Para reduzir o excesso de energia "encomendada", as distribuidoras devolvem contratos de velhas usinas, que têm preço menor. Sobram os contratos mais elevados, encarecendo a aquisição da energia, com reflexo na conta do consumidor.