Um deficit de US$ 145,9 milhões (cerca de R$ 360 milhões) foi registrado pela balança comercial brasleira no setor de pneus no acumulado dos oito primeiros meses do ano, de acordo com a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos(Anip)
Apesar de o número significar uma retração de 35% em relação ao mesmo período de 2013, a entidade não o considera positivo.
"É apenas uma queda de mercado, que reflete a situação econômica brasileira", afirma o presidente da Anip, Alberto Mayer.
"Outra interpretação possível é a diminuição do fornecimento para as montadoras [que reduziram seus ritmos de produção]. Isso faz com que sobrem pneus no mercado de reposição, dominado pelos importados."
A balança do setor de pneus apresenta resultados negativos desde 2010 em decorrência da perda progressiva de competitividade, de acordo com Mayer.
"Há impostos de importação sobre matérias-primas, como moldes de pneus por exemplo, que chegam a 30%. A tributação, que supostamente deveria proteger a indústria nacional, acaba a prejudicando", acrescenta.
Hoje, há medidas antidumping em vigor contra produtos oriundos de países asiáticos, como China, Tailândia, Vietnã e Coreia do Sul.
"Mas elas não valem para todos os modelos de pneus. E alguns itens acabam chegando no Brasil por outros países, como a Malásia."
Por mais competitividade
O MBC (Movimento Brasil Competitivo) encaminhou uma lista de recomendações às campanhas de Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves, com metas para ampliar a produtividade e a eficiência no país.
"São propostas que podem ser divididas em dois blocos, um com questões econômicas e outro de governança", diz José Paulo Soares Martins, diretor da instituição. "Entendemos que os dois temas têm de estar interligados", afirma.
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