Selic em alta: qual o impacto da taxa de juros para o seu bolso? - Riscos adiante

Com a escalada da inflação e a sinalização do Banco Central de mais aumentos da Selic, política monetária deixará de ter o papel de estimular a atividade econômica. - Riscos adiante

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Riscos adiante

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Em 2022, alguns riscos no cenário podem obrigar o BC a ser ainda mais duro com a política monetária. O principal deles é tem a ver com o comportamento do Federal Reserve (Fed). Se o banco central dos Estados Unidos subir os juros para também controlar a inflação por lá, pode haver uma saída de recursos do Brasil para a economia norte-americana, o que provocaria uma nova desvalorização do cambial, com impactos na inflação, obrigando o BC a elevar ainda mais os juros. Hoje, a expectativa é que o Fed só suba os juros em 2023. "Se a gente acordar em 2023 e esse cenário tiver se materializado, não haverá grandes atribulações", afirma Marcelo Fonseca, economista-chefe do Opportunity Total. "Mas há uma ansiedade do mercado porque, quando a gente olha o cenário de atividade e inflação para os Estados Unidos, os ricos estão claramente para cima. É bastante factível que a economia norte-americana passe por um processo de sobreaquecimento" Um segundo risco vem da eleição presidencial do próximo ano. Os investidores vão olhar, sobretudo, quais serão as propostas dos candidatos para a área fiscal do país a partir de 2023. "Talvez, o Fed tenha de ser mais rápido no processo de ajuste da política monetária. Então, isso acabaria causando uma mudança nos preços de ativos. E os efeitos para o Brasil poderia mais fortes porque estaremos num período muito tenso, que é o período pré-eleitoral", diz Alessandra.

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