Seca recorde faz preços na Ceapi dispararem

Segundo os vendedores, produtos como tomate, abacaxi e maracujá sofreram grande alta no preços.

Seca está aumentando preços de alimentos. | Reprodução
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A seca no Sertão Nordestino, uma das maiores dos últimos anos, já traz suas consequências para Teresina. Os preços de alguns produtos da Ceapi (Central de Abastecimento do Piauí) subiram muito nos últimos dias, o que, segundo os vendedores, pode ser justificado pelas chuvas escassas dos últimos meses.

Segundo os vendedores, produtos como tomate, abacaxi e maracujá sofreram grande alta no preços, chegando a quase 40% do valor pago em meses anteriores. ?Com a falta de chuva, o preço acaba oscilando muito. Para se ter ideia, uma caixa de tomate que antes era vendida a R$ 30,00, tem semanas que encontro a R$ 50,00?, comentou.

Raimundo Nonato da Conceição e Camile da Silva vieram de Coelho Neto (MA) para fazer compras na Ceapi e disseram estar decepcionados com os altos preços. ?Não valeu a pena vir comprar aqui. Lá em Coelho Neto nós compramos produtos que vêm daqui e lá já chega um pouco mais caro. Então acreditamos que vindo direto aqui seria mais barato, mas nos enganamos, os preços estão muito altos?, reclamaram.

Segundo Gilson, essa decepção dos clientes reflete nas vendas de seus produtos. De acordo com o vendedor, nos últimos 40 dias, suas vendas caíram cerca de 35%. ?O cliente fica muito chateado com essa oscilação de preço, é difícil convencê-lo a levar esta semana um produto que semana passada eles compraram quase pela metade do preço. A seca tem influenciado muito nessa subida de preços, pois sem chuva cai a produção e consequentemente sobe o preço?, pontuou.

A assessoria de imprensa da Ceapi confirma que a seca nos Estado da Bahia, Pernambuco e Ceará, três dos responsáveis pelas maiores quantidades de produtos que entram no local, é a maior causadora desse aumento nos preços. No entanto, os produtos da agricultura irrigada não sofrem com essa alta. A assessoria informa ainda que segundo as projeções realizadas pela Ceapi, o local deve vender cerca de 5% a mais que no período junino do ano passado.

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