Sandero o veículo da Renault mais vendido do Brasil em serie Vibe

Com a série Vibe, Renault tenta reforçar modernidade do Sandero

Acessórios para fidelizar público jovem | d
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O Sandero se tornou o veículo da Renault mais vendido do Brasil por diversas razões. Mas, sem dúvida, a questão estética pesou muito. Além do fato de o modelo oferecer um bom espaço interno - ou seja, parecer maior do que é dentro do segmento de compactos -, o hatch é, de longe, o carrinho mais simpático da linha de compactos da marca francesa por aqui. O que inclui o Symbol, o Logan e o veterano Clio. Naturalmente, isso implicou em um público-alvo mais jovem, segundo pesquisas da própria marca. De olho nesse filão, a Renault tratou de consolidar esse perfil de cliente ao lançar a edição Vibe.

Limitado a 3.700 unidades, Sandero Vibe vem com acessórios para fidelizar público jovem

E como toda série que se preze, o modelo fabricado em São José dos Pinhais, no Paraná, apela para uma interessante relação custo/benefício, devidamente "embrulhada para presente". Limitado a 3.700 unidades, o Sandero Vibe vem com faróis com máscara cinza, lentes escurecidas nas lanternas traseiras, ponteira do escapamento cromada, rodas de liga leve aro 15 em tom grafite, adesivo preto nas colunas centrais, maçanetas externas e carcaças dos retrovisores na cor da carroceria, frisos laterais na cor cinza e faróis de neblina. O nome da série, é claro, aparece. Tanto por fora, acima dos para-lamas, como dentro, nas portas do modelo.

ÁLBUM DE FOTOS

SINTA A "VIBE" DO SANDERO

Internamente, aliás, o Sandero Vibe também tem seus diferenciais. O acabamento das portas conta com grafismos "modernosos" e o quadro de instrumentos recebeu ponteiros vermelhos e molduras prateadas. O mesmo tom prata também foi espalhado pelo habitáculo, como no console central do painel, nos anéis das saídas de ar e na parte de cima da manopla do câmbio. Os bancos têm revestimento em tecido preto com pespontos vermelhos.

Como toda série, o Vibe oferece um pacote de equipamentos fechado a um preço mais em conta. Por R$ 40.700, a edição é baseada na Expression 1.6 8 V Hi-Torque, a configuração intermediária da linha. Entre os itens, ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricos, regulagem de altura do banco do motorista e travamento automático das portas a 6 km/h, entre outros. Além disso, o modelo conta com rádio/CD/MP3 com comando satélite na coluna de direção.

FICHA TÉCNICA

Renault Sandero Vibe 1.6 8V Hi-Torque

Motor: Gasolina e/ou álcool, dianteiro, longitudinal, 1.598 cm³, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro com comando simples de válvulas. Injeção eletrônica de combustível multiponto sequencial. Acelerador eletrônico.

Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não oferece controle de tração.

Potência: 92 cv com gasolina e 95 cv com álcool a 5.250 rpm.

Torque: 13,7 kgfm com gasolina e 14,1 kgfm com álcool a 2.850 rpm.

Diâmetro e curso: 79,5 mm X 80,5 mm. Taxa de compressão: 10:1.

Suspensão: Dianteira do tipo McPherson, com triângulo inferior, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos. Traseira semi-independente, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos telescópicos verticais e barra estabilizadora. Não oferece controle eletrônico de estabilidade.

Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás. Não oferece ABS.

Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. 4,02 metros de comprimento, 1,74 metro de largura, 1,52 metro de altura e 2,59 metros de distância entre-eixos. Oferece airbag duplo como opcional.

Porta-malas: 320 litros/1.200 litros com o banco traseiro rebatido.

Peso: 1.055 kg em ordem de marcha.

Tanque: 50 litros.

O motor é sempre o 1.6 8V Hi-Torque. São 92 cv de potência com gasolina e 95 cv com álcool e torque máximo de 13,7/14,1 kgfm a 2.850 giros. Com todos os equipamentos, o Vibe resulta em uma economia de R$ 3 mil. O único opcional é o airbag duplo, que eleva o preço da série a R$ 42.200.

IMPRESSÕES AO DIRIGIR

O Sandero Vibe chama mesmo a atenção pelas diferenças visuais. Na carroceria e no interior. Sem dúvida, itens que deixaram o carro com um ar mais moderninho, mas nada que possa realmente impressionar. E nada também que mude as virtudes e defeitos do hatch compacto. Uma dessas virtudes é o espaço a bordo do modelo. Há bom vão para pernas, cabeças e ombros e, atrás, dois adultos e uma criança viajam sem problemas. Além disso, a suspensão bem acertada filtra bem as irregularidades do terreno, sem refletir sacolejos para dentro do carro.

A transmissão bem escalonada casa bem com o motor 1.6 8V. O propulsor responde prontamente às investidas no pedal do acelerador e as retomadas são igualmente interessantes. Cheio já a partir dos 2.500 giros, o motor assegura as ultrapassagens e o desempenho do carro em subidas. O consumo também não desanima tem boa performace. Com álcool e uso 2/3 urbanos e o restante rodoviário, o modelo testado fez a média de 7,8 km/l. Nota 9

DE ZERO A 100 PONTOS, O RENAULT SANDERO VIBE

Desempenho - O motor 1.6 8V combina bem com o nome da série especial - ou seja, vibra bastante. Mas entrega um desempenho condizente para tanto "agito". A motorização enche bem para propiciar arrancadas competentes. O zero a 100 km/h foi feito em 12 segundos. As retomadas são melhores, graças ao torque liberado quase totalmente nos 2.500 giros. O câmbio é bem escalonado e, pisando fundo, dá para alcançar a máxima de 170 km/h. Nota 8

Estabilidade - O Sandero é um carro bem acertado de curva. Torce pouco e a carroceria não faz menção de rolar. Nas freadas bruscas, o hatch tende a sair da trajetória e a traseira levanta um pouco. Nada assustador. Nas retas, a comunicação entre rodas e volante só começa a ficar instável a partir de 160 km/h, próximo da máxima. Nota 7

Interatividade - Apesar de bem posicionados, alguns comandos não são intuitivos, como os dos vidros e trava elétricos, dispostos no painel central para economizar na montagem. O comando satélite do som é bem-vindo. O ajuste de altura do banco do motorista também não é prático e a coluna de direção não tem regulagem. Com isso, motoristas com 1,70 m precisam colocar o banco baixo para visualizar o quadro de instrumentos. O volante tem pegada ruim e miolo muito grande. A visibilidade é satisfatória e o câmbio, apesar de macio, tem engates pouco precisos. Nota 6

Consumo - O modelo avaliado anotou a razoável média de 7,8 km/l com uso 2/3 na cidade e 1/3 na estrada. Nota 9

Tecnologia - Primeiro veículo da história da marca francesa concebido fora da Europa, o Sandero usa plataforma do Logan, que é simples, mas nova: data de 2005. O motor é relativamente moderno, mas a série conta com itens de conforto apenas previsíveis e o airbag duplo opcional é o único equipamento de segurança. Nota 9

Conforto - O Sandero tem um espaço generoso, que foge ao aperto dos compactos em geral. Há bom vão para pernas e cabeças e a suspensão filtra bem a buraqueira das ruas brasileiras. O isolamento acústico, porém, deixa a desejar. Nota 8

Habitabilidade - A portas oferecem bom vão, o habitáculo tem altura generosa e o porta-malas de 320 litros é bom dentro do segmento. O modelo oferece uma relação razoável de porta-objetos. Nota 7

Acabamento - O Sandero abusa de plásticos e o revestimento de portas e painéis é bem simples. Os detalhes em prata e os tecidos da série emprestam um pouco mais de sofisticação, pelo menos. Os fechamentos, na maioria das vezes, são precisos, mas há alguns sinais de rebarbas. Nota 6

Design - O Sandero é o compacto da Renault mais moderninho, tem faróis com desenho irregular e um estilo simpático. Mas nada que confira arrojo e inovação estética. Nota 8

Custo/benefício - Por R$ 40.700 o modelo oferece uma lista de itens de conforto similar a alguns concorrentes equipados com os mesmos equipamentos. E por preços próximos, como Palio ELX 1.4, Fox Extreme 1.6, Corsa Premium 1.4. Nota 8

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