O saldo comercial de março foi o maior já registrado desde o início da série histórica, iniciada em 1989. O superavit da balança alcançou US$ 4,4 bilhões.
A explicação para o saldo está nas quedas das importações, que somaram US$ 11,6 bilhões, uma redução de 30% em relação a março do ano anterior, que refletiram uma queda no preço dos produtos e também na quantidade importada. As exportações também caíram, mas apenas 5,8%, e somaram US$ 16 bilhões.
No primeiro trimestre do ano, o saldo alcançou US$ 8,4 bilhões -diferença entre US$ 40,6 bilhões em exportações e US$ 32,2 bilhões em importações.
Para os três primeiros meses do ano, o saldo alcançado é o melhor desde 2007, quando a balança alcançou superávit para US$ 8,7 bilhões. A exportação de itens básicos, produzidos pela indústria extrativa-mineral e pela agropecuária, foi a que mais sofreu no trimestre, com uma queda 5,4%.
Os bens industrializados também sofreram uma redução de 3,9% no trimestre. O panorama dos itens básicos reflete principalmente a queda do preço em dólar da soja, do minério de ferro e do petróleo. Apesar do aumento do volume de exportação, que em quantidade cresceu 15,7%, os preços médios caíram 17,4% entre março do ano passado e deste ano.
Pelo lado da importação, os preços também caíram e ajudaram a reduzir a conta. Em média, ficaram 9% abaixo na comparação entre março deste ano e do ano passado. No entanto, a principal explicação para a redução está na quantidade importada, que ficou 23,1% abaixo.