Entre 2009 e 2011, o salário médio do brasileiro subiu 8,3% no seu valor nominal (sem considerar a inflação), mas na realidade perdeu 3,6% de seu poder rel de compra (considerando a inflação).
O salário cresceu de R$ 1.242, em setembro de 2009, para R$ 1.345, em setembro de 2011, uma alta de 8,3% em dois anos.
Mas, nesse período, a inflação subiu 12,36%. Para apenas acompanhar a inflação, sem ganhar nada, o salário atual deveria ser de R$ 1.395,50. Como é de R$ 1.345, houve uma perda de 3,6%.
Os valores dos salários médios em 2009 e 2001 constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta sexta-feira (21) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Esses salários representam o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas e com rendimento.
Segundo o IBGE, todas as regiões apresentaram aumento do rendimento médio mensal real de trabalho entre 2009 e 2011, mas nenhuma teve pelo menos a mesma variação da inflação (12,36%).
A maior alta no salário ocorreu na região Nordeste, com 10,7%, seguida pelo Centro-Oeste, com 10,6%. A variação mais baixa foi no Sul (4%). No Sudeste, o salário subiu 7,9%; no Norte, foi 7,7%.
O salário médio mais alto é pago no Centro-Oeste (R$ 1.624), enquanto o mais baixo é o do Nordeste (R$ 910).