Itens tradicionais na mesa dos brasileiros, o arroz e o feijão estão entre os que mais subiram de preço no ano passado. Somente o arroz encareceu 36,67%, enquanto o feijão preto teve alta de 44,20%, em relação ao ano anterior. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para este ano, porém, a previsão dos economistas é mais otimista. E, para ajudar o consumidor a encontrar alternativas na hora de substituir um ou outro produto eventualmente em alta, elaboramos uma tabela as melhores opções de compra até março.
? Ao longo do ano, a tendência é que haja uma oferta maior de vários produtos no mercado, pressionando a desaceleração dos preços. O aumento médio deverá ser de 7%, no máximo, contra 10% em 2012 ? aposta o economista André Braz, do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da FGV).
Outra boa forma de economizar é pesquisar bastante os preços antes de abrir a carteira. É o que faz o aposentado Francisco Gonçalves, de 59 anos.
? Vou ao supermercado até duas vezes por dia, dependendo da semana. Com as diferenças, consigo comprar cinco quilos de arroz e dois litros de óleo, entre outras coisas ? diz Francisco.
No ano passado, a batata-inglesa ficou no alto da lista dos alimentos vilões da inflação, com alta de 49,98%. Em seguida, vieram o aipim (49,91%) e o alho (50,65%). Carnes e peixes industrializados também pesaram no bolso, já que ficaram 13,47% mais caros no ano passado.
O especialista da FGV explica porque 2012 não foi muito bom para alimentação, especialmente no segundo semestre. Segundo Braz, as safras foram prejudicadas pelos problemas climáticos, o que pressionou o aumento dos preços. O impacto pôde ser percebido, principalmente, nos valores do frango inteiro, que subiu 16,93%.
No caso do arroz e do feijão, diz o economista, apesar da alta dos dois produtos, um não influenciou o outro:
? Os dois é que influenciaram a média da inflação.
Na casa da aposentada Maria dos Santos, de 77 anos, o gasto chega a 10kg de feijão e 15kg de arroz por mês.
? Na minha casa, são oito pessoas. No início do ano, gastávamos R$ 160 para uma compra boa, com carnes e verduras. Hoje, isso não é mais possível. Gastamos quase R$ 300 $levar as mesmas coisas. Às vezes, os legumes estão tão caros, que deixamos até de comprar. Os preços do óleo de soja e do tomate também pesaram no ano passado. Podiam baixar ? diz.