Renda no Brasil volta a subir com taxa menor de inflação e reajustes

Rendimento em maio cresceu 4% em relação ao mesmo mês de 2010 e atingiu maior valor para o período desde 2002.

Resultado mostra que economia perde fôlego em ritmo menor do que esperado. | Reprodução Web
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Apesar do esforço do governo para frear a economia, o mercado de trabalho segue aquecido. A taxa de desemprego permanece estável e o rendimento dos trabalhadores voltou a subir com força em maio -sinal de que as famílias ainda têm dinheiro para sustentar o consumo. A renda dos trabalhadores das maiores metrópoles do país surpreendeu analistas e cresceu 4% em maio em comparação com igual mês do ano passado.

O índice atingiu o maior valor (R$ 1.566,70, em média) para o mês desde 2002. Em relação a abril, quando havia registrado queda, o rendimento subiu 1,1%. O resultado acendeu um sinal amarelo de que a economia perde velocidade num ritmo menor do que o esperado pelo Banco Central.

"Ganha força a avaliação de que há a necessidade de elevação da taxa de juros por mais tempo e de que o BC não deve interromper a alta na próxima reunião do Copom [órgão colegiado do BC que fixa a taxa básica de juros da economia], em julho", argumenta Fábio Romão, da consultoria LCA.

Um dos motivos para o inesperado avanço da renda entre maio de 2010 e o mesmo mês de 2011, diz, é o acúmulo de dissídios coletivos de categorias profissionais no mês. Mais de um quarto das classes de trabalhadores negociam reajuste em maio.

O maior poder de barganha dos empregados num cenário de mercado de trabalho aquecido e um novo acúmulo de dissídios no segundo semestre são sinais de que a inflação pode voltar a se acelerar em agosto.

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