Balanço divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional na última semana, mostra que o Piauí teve um crescimento de 17% na receita corrente no primeiro bimestre deste ano no comparativo com o mesmo período de 2021. O patamar percentual de elevação foi igual ao registrado por São Paulo; o resultado foi o quarto melhor do Nordeste.
Em âmbito nacional, os estados do Rio de Janeiro (34%) e Santa Catarina (34%) apresentaram os maiores crescimentos, em termos percentuais, de suas receitas correntes nos primeiros dois meses do ano. De acordo com a STN, entre os entes subnacionais, apenas Minas Gerais apresentou queda de receitas correntes, de -2%.
Os dados são do Relatório Resumido de Execução Orçamentária em Foco dos estados + DF. O RREO em Foco traz os principais dados da execução orçamentária das 27 unidades da federação, possibilitando a comparação de sua situação fiscal, e é feito com base nos documentos que os próprios entes publicam no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), gerido pelo Tesouro.
Outro indicador importante da saúde fiscal de um estado é a poupança corrente, que equivale ao valor das receitas correntes menos as despesas correntes empenhadas. Esse é um número que, se for positivo, aponta para a autonomia para realizar investimentos com recursos próprios; quando negativo, mostra a dependência de receitas de capital para realizá-los. Amapá e Roraima, com 61%, foram os estados que alcançaram os maiores percentuais de poupança corrente em relação à RCL. Já Minas Gerais (17%) e Rio Grande do Sul (20%) foram os estados com os piores desempenhos nesse indicador. O Piauí apresentou poupança corrente de 42%.
Dívida do Piauí tem redução de 3% no bimestre
A Variação da Dívida Consolidada também é um sinal da saúde fiscal de um ente federado. Nesse quesito, o estado que mais reduziu a Dívida Consolidada no período foi o Maranhão (-17%). O Piauí também aparece bem no indicador reduzindo a sua dívida em 3%; o oitavo melhor resultado do país no período. Por outro lado, Amazonas viu sua dívida crescer 13% no 1º bimestre de 2022 comparado ao mesmo período de 2021.
Quando um estado não paga todas as despesas orçadas durante um ano fiscal, ele inscreve essas despesas empenhadas e liquidadas em restos a pagar. O percentual de restos a pagar pagos ao longo do ano é um indicativo da dificuldade de pagar despesas antigas. Distrito Federal (63%), Pará (58%) e Santa Catarina (51%) foram os estados que mais quitaram seus Restos a Pagar em relação ao volume que foi inscrito no dia 31/12/2021. O Piauí ficou com 25% neste indicador.
Rio Grande do Sul (7%), Amapá (8%) e Minas Gerais (9%), na outra ponta, tiveram o pior desempenho nesse indicador para o período analisado.