Manaus - Pelo 18º ano seguido, a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) será corrigida abaixo da inflação em 2014. A defasagem, que deverá fechar este ano próxima de 66%, faz que o Fisco chegue ao bolso de cada vez mais brasileiros, consumindo os rendimentos. Essa discrepância ainda se soma ao aumento do salário mínimo, também superior à correção da tabela.
Pela nova tabela, uma parcela de trabalhadores que estava incluída na primeira faixa de cobrança passa a ter isenção. Serão dispensados de pagar o imposto os empregados que recebe até R$ 1.787,77. Atualmente, o imposto não é cobrado de quem ganha até R$ 1.710,78.
A alíquota de 7,5% passa a ser aplicada para quem receber entre R$ 1.787,78 e R$ 2.679,29 em 2014. Ainda segundo a nova tabela da Receita, o desconto de 15% válido atualmente para vencimentos de R$ 2.563,92 até R$ 3.418,59 passa a ser aplicado sobre a faixa salarial de R$ 2.679,30 até R$ 3.572,43.
Pela nova tabela, a alíquota de 22,5% passa a valer em 2014 para quem recebe salários entre R$ 3.572,44 e 4.463,81. Já a alíquota máxima, de 27,5%, vai incidir sobre vencimentos superiores a R$ 4.463,81.
Para o membro do Conselho Federal de Economia, Erivaldo Lopes, o governo abusa do contribuinte. O economista cita que em 1996 aproximadamente até a faixa de 6,6 salários mínimos era isenta do pagamento e, em 2014, o trabalhador que receberá acima de 2,4 salários mínimos terá que pagar o tributo ao governo federal.