Reajuste no diesel na bomba pode ser de mais 4%, diz entidade

Segundo entidade, Shell anunciou à revenda que reajuste será de 6%

Para Petrobras, aumento previsto nas bombas seria de 4% | Reprodução
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A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) informou nesta sexta-feira (13) que a revenda de combustíveis foi avisada pela Shell Distribuidora (Raízen) de que o novo reajuste no diesel para os postos será de 6%, a vigorar a partir de segunda-feira (16).

O valor difere dos números divulgados pela Petrobras na noite de quinta-feira (12), quando a estatal anunciou elevação de 6% na refinaria e impacto previsto de 4% na bomba. Até o momento, as outras distribuidoras não divulgaram de quanto será o reajuste.

Segundo cálculos da Fecombustíveis, a alta de 6% para o diesel nas refinarias aumentaria o preço de custo para os postos em 4% nos estados que adotam tributação com base no PMPF (Preço Médio Ponderado a Consumidor Final) e em 5% naqueles que utilizam o regime MVA (Margem de Valor Agregado), como Bahia e São Paulo. Para a Fecombustíveis, o reajuste real nas bombas dependerá da alta repassada pelas distribuidoras, de quem, por lei, os postos estão obrigados a comprar todo combustível comercializado.

A Fecombustíveis ressaltou em nota que "o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada distribuidora e posto revendedor decidir se repassará ou não ao consumidor os maiores preços, bem como em qual percentual, de acordo com suas estruturas de custo e de forma a remunerar adequadamente seus investimentos".

A federação informou, no entanto, que entende ser imprescindível manter a sociedade informada, para que a revenda varejista, lado mais visível da cadeia de abastecimento, e quem lida diretamente com o consumidor, não seja responsabilizada por alterações no preço ocorridas em outras etapas do mercado e que, muitas vezes, são apenas repassadas pelos postos.

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