Consumidores brasileiros terão de gastar mais neste ano para comprar os mesmos produtos da ceia de Natal. Levantamento de economista André Braz, da FGV (Fundação Getúlio Vargas), mostra um avanço nos preços superior à inflação no período.
A cesta com oito produtos típicos de Natal teve alta de 9,8%, ante uma inflação ao consumidor, medida pelo IPC-10/FGV, de 5,73% em 2012. Pelos cálculos do economista, caso o consumidor opte em comprar todos os itens, teria de desembolsar cerca de R$ 145.
Os vilões da ceia neste ano são: nozes (16,46%), frango especial (11,71%), avelãs (11,58%) e o Tender (9,11%). Na outra ponta, o panetone (2,09%) e as frutas cristalizadas (6,24%) tiveram as menores variações.
Como sugestões para evitar o impacto da alta nos preços, o economista recomenda que os consumidores troquem marcas líderes por outras menos conhecidas e que evitem as compras de última hora para não ter de comprar produtos maiores do que as suas necessidades.
O Procon-SP também lembra a importância de comparar preços entre as marcas e ler atentamente aos rótulos para evitar a compra de produtos vencidos. A entidade sugere o auxílio de encartes e anúncios publicitários para facilitar a comparação.
Em pesquisa feita em estabelecimentos de São Paulo com 142 itens típicos de Natal, a entidade encontrou uma variação de até 138% no preço de um mesmo produto.
VEJA AS VARIAÇÕES:
BOA NOTÍCIA
A mesma pesquisa, no entanto, aponta que os preços dos presentes de Natal subiram menos do que a inflação entre janeiro e dezembro deste ano. A alta foi, em média, de de 1,02% entre os produtos pesquisados, ante a inflação de 5,73% no período, segundo IPC-10/FGV.
Alguns produtos tiveram redução de preço nesse período, como eletrodomésticos e eletroeletrônicos, com destaque para os aparelhos de DVD e Blu-ray, que tiveram queda de 8,83%, seguidos de aparelho de som (-6,92%), TV (-6,48%), geladeira e freezer (-5,97%) e máquina de lavar roupas (-5,86%).
Mas alguns produtos tiveram aumento acima da inflação, como bonecas (8,52%), calçados infantis (8,24%), bijuterias em geral (7,21%), artigos esportivos (7,16%) e instrumentos musicais (6,40%).