Diante dos constantes entraves que estão assolando o setor imobiliário de Teresina recentemente, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) promoveu na manhã de ontem (15), audiência pública na Procuradoria- Geral de Justiça para discutir os casos com representantes de construtoras e imobiliárias da capital.
Para a coordenadora do Procon de Teresina, Luiza Lacerda, a reunião é o primeiro passo para que as entidades ligadas à temática entrem em um consenso e consigam diminuir os impasses burocráticos existentes. "Estamos começando um trabalho para resolver diversos problemas que têm surgido no mercado imobiliário de Teresina", conta Luiza.
Os casos que terão uma atenção especial dizem respeito aos atrasos na entrega dos imóveis e a venda de estruturas cujo o terreno ainda não esteja devidamente registrado nos nomes das incorporadoras ou das construturas.
"Chamamos todas as partes envolvidas porque às vezes conversamos individualmente e sempre um dos envolvidos coloca culpa no outro. Precisamos resolver isso com urgência porque é um problema grave e temos visto que, com a expansão do mercado imobiliário da cidade, ele tem se agravado", observa a coordenadora do Procon.
Participaram da audiência pública representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seccional- Piauí, Sindicato das Imobiliárias, Sinduscon Teresina, Associação Industrial do Piauí, Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Piauí (CRECI-PI), CREA-PI e Conselho de Arquitetura e Urbanismo.
O presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Piauí, Nogueira Neto, afirma que os entraves geram um "transtorno enorme" para os empreendedores e a sociedade em geral.
"Mais da metade dos empreendimentos possui embaraço com documentação, alguns destes imóveis estão entregues, mas não têm documentação. Com isso, as vendas caíram e os consumidores estão inseguros", pondera Nogueira Neto.