Pela 8ª semana seguida os economistas consultados pelo Banco Central reduziram a previsão de crescimento da economia brasileira, que estava em 2,4% e baixou para 2,34% em 2013. O dado foi divulgado nesta segunda-feira. Também houve redução no percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no País) previsto para o ano que vem, que passou de 3% para 2,8%.
Na semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne para definir a nova taxa básica de juros da economia brasileira, os analistas de mercado financeiro apostam que a Selic vai subir 0,5 ponto percentual e atingir 8,5% ao ano. O mercado espera que a Selic chegue a 9,25% até o final do ano.
Se a decisão final dos membros do Copom, que será anunciada na próxima quarta-feira, for compatível com a projeção do mercado, haverá mudanças no rendimento da poupança. Atualmente, a caderneta rende o equivalente a 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR). Quando a Selic estiver igual ou acima de 8,5% ao ano, valerá a regra antiga, pela qual a poupança é remunerada pela TR mais 0,5% de juro ao mês. As alterações são válidas para os depósitos feitos depois de 4 de maio de 2012.
Queda na inflação
Os economistas do mercado financeiro acreditam que a redução da Selic vai afetar a inflação, causando queda na variação de preços esperada para este ano. Na previsão publicada na semana passada, a expectativa era de que a inflação atingisse 5,87% em 2013, percentual que reduziu para 5,81% na projeção divulgada nesta segunda-feira. Já a previsão para a inflação em 2014 subiu de 5,88% para 5,9%.