O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) apresentou alta de 0,86% em novembro, acima do resultado de outubro (0,62%), segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. A aceleração ocorreu principalmente pela alta maior dos preços de alimentos e bebidas, que tiveram como maior vilão a carne.
"O consumidor passou a pagar, em média, 6,10% a mais por um quilo de carne, item que se manteve na dianteira dos principais impactos, com 0,14 ponto percentual do IPCA-15 de novembro. Em relação a dezembro do ano passado, ou seja, neste ano de 2010, os preços das carnes já subiram 20,49%", afirmou o instituto em nota.
Além das carnes, o feijão carioca aumentou 10,83% no mês e já custa o dobro do preço registrado em dezembro do ano passado. Também subiram os preços do açúcar cristal (14,05%), tomate (10,28%), batata-inglesa (9,96%), feijão preto (7,15%), farinha de trigo (5,76%) e açúcar refinado (4,50%). "Como um todo, o grupo alimentação e bebidas deteve 0,48 ponto percentual de contribuição no mês, sendo responsável por 56% do resultado do IPCA-15 de novembro."
Os gastos com combustíveis tiveram alta de 2,22%, com o etanol 6,75% mais caro na média das regiões pesquisadas, impactando o valor da gasolina, que subiu 1,92%. No acumulado do ano, a inflação pelo indicador registra alta de 5,07%, acima do verificado no mesmo período de 2009 (3,79%). Nos últimos 12 meses, houve alta de 5,47% - taxa também maior que os 12 meses imediatamente anteriores (5,03%).
O IPCA-15 é uma prévia do IPCA, utilizado pelo Banco Central (BC) como medida para a meta oficial de inflação do País, que este ano está fixada em 4,5%, com tolerância de 2 pontos percentuais - para mais ou para menos. A metodologia de cálculo é a mesma, apurando a variação de preços para famílias com renda de até 40 salários mínimos em 11 regiões metropolitanas do País. A diferença está no período de coleta, já que o IPCA mede o mês calendário.