Preços de alimentos registram queda de 13,3% no 1º semestre, aponta Cepea

É importante ressaltar que o IPPA analisa os preços dos alimentos no campo, no nível dos produtores, e não com relação ao mercado de consumo.

Esses dados se referem ao comportamento dos preços durante o primeiro semestre | Getty Images
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Levantamento mostra que os preços de produtos agrícolas, incluindo grãos, carnes, legumes e verduras, registraram uma queda de 13,3% desde o início do ano, segundo o Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA) do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), que faz parte da Universidade de São Paulo (USP).

Esses dados se referem ao comportamento dos preços durante o primeiro semestre. É importante ressaltar que o IPPA analisa os preços dos alimentos no campo, no nível dos produtores, e não com relação ao mercado de consumo.

Somente no mês de junho, por exemplo, o IPPA registrou uma queda de 2,2%, sendo que, quando consideramos apenas os grãos, a redução foi de 2,9%. Quanto a pecuária, a retração no mesmo mês foi de 1,1%, enquanto nos produtos hortifrutis, os preços diminuíram 2%. Além disso, os valores da cana-de-açúcar e do café (IPPA-Cana-Café) tiveram uma queda de 2,7%.

O Centro de Estudos em Economia Aplicada (CEPEA) aponta que essa redução de preços se deve, em parte, à diminuição das cotações desses produtos nos mercados internacionais, bem como ao enfraquecimento do dólar em relação ao real.

O CEPEA também destaca que, no cenário internacional, houve uma queda de 1,4% nas cotações de alimentos em junho, conforme indicado pelo índice divulgado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Além disso, a taxa de câmbio oficial (US$/R$), divulgada pelo Banco Central, registrou uma queda de 2,6%.

Levando em consideração o desempenho ocorrido ao longo do primeiro semestre, os preços internacionais dos alimentos acumularam uma queda de 16,2%, enquanto a taxa de câmbio ficou 0,1% abaixo do patamar observado no mesmo período de 2022, conforme pesquisa do CEPEA.

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