O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu pelo segundo mês seguido em dezembro ao avançar 0,65%, encerrou 2013 com alta acumulada de 5,75% impactada pelos preços dos alimentos. Em novembro, o IPP havia subido 0,64%, dado revisado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, depois de anunciar anteriormente alta de 0,62%.
Em dezembro, 17 das 23 atividadas pesquisadas apresentaram alta de preços, uma a mais do que no mês anterior, com destaque para os preços de Refino de petróleo e produtos de álcool (2,97%) e que também tiveram o maior impacto no indicador (0,32 ponto percentual) e Outros produtos químicos, com alta de 2,35% e impacto de 0,26 ponto.
Segundo o IBGE, no acumulado do ano passado, o IPP mostrou desaceleração em relação aos 7,28% vistos até dezembro de 2012. Em 2013, o indicador foi impactado pelos preços dos alimentos, que tiveram o maior impacto, de 1,38 ponto percentual, acumulando alta de 6,84%. Em 2012, haviam subido 14,86%.
Também pesaram os preços de Refino de petróleo e produtos de álcool, com alta de 7,07% e impacto de 0,77 ponto percentual no indicador. A persistência da inflação em níveis altos no ano passado levou o Banco Central a manter o ritmo de aperto monetário no início de 2014, elevando a Selic em 0,50 ponto percentual, para 10,50%.
Nesta quinta-feira, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) mostrou que os preços ao produtor começaram 2014 desacelerando, com alta de 0,31% em janeiro, ante 0,63% em dezembro.
O IPP mede os preços "na porta das fábricas" e não inclui os custos com frete e impostos que influenciam os preços ao consumidor.