O valor do azeite de oliva no mercado interno brasileiro subiu mais de 40% entre fevereiro de 2023 e fevereiro de 2024. Segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (FIPE), uma garrafa de azeite apresentou um aumento de 45,46%. Apenas em 2024, o acréscimo mensal no valor do azeite foi de 4,91%, e de fevereiro a março, os preços das embalagens de azeite virgem subiram ainda mais.
Principal motivo do aumento nos preços
A principal causa desse aumento significativo nos preços é a quebra histórica na safra de azeitonas da Europa, ocorrida entre 2022 e 2023, devido à seca gerada pelo fenômeno El Niño. Essa situação levou a uma redução de 20% na produção mundial de azeite, caindo de 3,3 milhões de toneladas usuais para 2,7 milhões de toneladas, conforme dados do Conselho Internacional de Azeite Olive (IOC). Como consequência, o Brasil, um dos principais importadores, reduziu a compra de 100 mil toneladas em 2022 para 80 mil toneladas em 2023.
A menor oferta do produto impactou diretamente o consumo de azeite pelos brasileiros, uma vez que os preços subiram consideravelmente. A tendência é que os valores continuem elevados, pois, mesmo com uma estimativa de aumento de 9% na produção europeia, isso não será suficiente para resolver a escassez global. Além das mudanças climáticas, a produção de oliveiras é bianual, ocorrendo a cada dois anos, o que agrava ainda mais a situação para a safra de 2023/2024.
alta do dólar e calor atípico
Adicionalmente, a alta do dólar e o calor atípico que prejudicou a safra na Europa contribuíram para o aumento dos preços. Em abril de 2023, o preço do azeite era, em média, R$ 5,83, enquanto em abril de 2024, o valor saltou para R$ 49,42. A Europa, que é responsável por 75% da produção mundial de azeite, registrou uma queda significativa, especialmente nos países líderes como Espanha, Itália e Grécia. O impacto dessa situação é visível nos supermercados, onde alguns produtos passaram a receber lacres antifurto.
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