A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) fechou março com alta de 0,85%, puxada pela alta de preços de alimentação, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em fevereiro, taxa ficou em 0,66%.
Com este resultado, o indicador acumula alta de 2,51%, no ano e, 6,09%, nos últimos 12 meses.
Na comparação com a terceira quadrissemana do mês, o destaque ficou para o grupo alimentação, cuja alta acelerou a 1,66% na última apuração, ante 1,58%. Nesta classe de despesa, a FGV destacou o item laticínios, cuja taxa passou de 1,23% na terceira quadrissemana para 1,55%.
Também registraram avanço os grupos educação, leitura e recreação (de 0,63% para 0,94%) e vestuário (de 0,36% para 0,63%), com destaque para passagem aérea (de 2,93% para 13,66%) e roupas (de 0,41% para 0,80%).
Na contramão, apresentaram taxas menores os grupos: habitação (de 0,63% para 0,56%); transportes (de 0,78% para 0,69%); Comunicação (0,13% para 0,05%); despesas diversas (de 0,33% para 0,26%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,50% para 0,49%).
Na semana passada, o Banco Central piorou sua projeção para a inflação neste ano devido aos preços administrados, a 6,1%, aproximando-se ainda mais do teto da meta do governo, de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.
É com esse cenário que o Comitê de Política Monetária (Copom) inicia sua reunião nesta terça-feira para decidir sobre a Selic, atualmente em 10,75%, com a decisão a ser divulgada na quarta-feira. A expectativa é de nova elevação de 0,25 ponto percentual e de mais uma, com a mesma intensidade, em maio.