Ap?s seis meses consecutivos de alta, a cesta b?sica de Fortaleza registra leve redu??o de 0,35% nos pre?os. O resultado coloca a alimenta??o b?sica da Capital na posi??o de quarta menor do Nordeste e do Pa?s. Com a redu??o, o trabalhador para adquirir o conjunto dos 12 produtos ter? que gastar R$ 196,11, o que corresponde a 51,36% do sal?rio m?nimo l?quido (R$ 381,80) ? mais de 50% de sua receita.
Segundo Reginaldo Aguiar, supervisor t?cnico do escrit?rio do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos S?cio-Econ?micos e Estat?sticos), no Cear?, ?esse pequeno recuo mostra que o custo dos produtos essenciais est? elevado demais e o consumo est? caindo?. ?As sucessivas altas extrapolaram o limite da renda dos consumidores?, destacou.
O tradicional bai?o-de-dois est? mais escasso no card?pio do consumidor cearense, uma vez que tanto o feij?o subiu muito, como o arroz vem experimentando altas sucessivas. ?Apesar do feij?o apresentar queda nos ?ltimos tr?s meses (abril: -0,57%; maio: -16,85% e junho: -1,96%), vem caindo devagar, e ainda acumula alta de 151,32%, no ano. O arroz tamb?m tem aumentado de pre?o; agora em junho, subiu de 11,71%?, salientou Aguiar.
De acordo com a pesquisa do Dieese, a defla??o no pre?o da cesta b?sica foi influenciada pela redu??o no pre?o do ?leo de soja (-4,35%). Mas ocorreu varia??o negativa na carne (-1,99), leite (-1,90), na manteiga (-1,83%) e no p?o (-0,87%). ?Fortaleza foi a ?nica capital pesquisada onde ocorreu redu??o no custo da carne?, disse.
A cesta b?sica variou nos ?ltimos seis e 12 meses, em Fortaleza, 23,85% e 43,30%, respectivamente. Isto significa que a alimenta??o b?sica esteve mais barata em dezembro de 2007 (R$ 158,35) e em junho do mesmo ano (R$ 136,85), em rela??o ao resultado de junho/2008 (R$ 196,11).
No semestre, dos produtos que comp?e a cesta b?sica apenas o feij?o sofreu redu??o de pre?o (-18,18%). Entre os produtos que sofreram eleva??o, os mais significativos ocorreram no tomate (167,80%) e no arroz (51,72%). Apenas o leite se manteve est?vel no per?odo.
Na s?rie de 12 meses, apenas o a?car (-25,90%) e a manteiga (-2,01%) registraram defla??o no per?odo. Entre os itens que apresentaram alta de pre?o as mais expressivas aconteceram no feij?o (151,32%) e no tomate (112,08%).
Ranking
Em junho, das 16 capitais onde o Dieese a pesquisa, 14 apresentaram alta nos pre?os dos alimentos. Os maiores aumentos foram em Goi?nia (10,64%), Bras?lia (6,43%), Rio de Janeiro (5,93%) e Salvador (5,38%). As ?nicas defla?es foram em Vit?ria (-1,13%) e Fortaleza (-0,35%).
Porto Alegre, cujos produtos essenciais b?sicos tiveram aumento de 4,29%, voltou a ter a cesta mais cara (R$ 246,72). S?o Paulo continua no 2? posto, com a cesta de R$ 245,24. Os menores custos foram registrados em Aracaju (R$ 191,75) e Salvador (R$ 185,53).
Com base na cesta mais cara, a de Porto Alegre, e levando em considera??o o preceito constitucional segundo o qual o sal?rio m?nimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua fam?lia, o Dieese estima que em junho, o m?nimo necess?rio ficou em R$ 2.072,70, o que representa 4,99 vezes o piso em vigor (R$ 415,00). No m?s passado, o m?nimo necess?rio era de R$ 1.918,12, o que equivalia 4,62 vezes o piso. J? em junho de 2007, o m?nimo foi estimado em R$ 1.628,96, 4,28 vezes o m?nimo em vigor na ?poca, de R$ 380,00.