Poupança do setor público para pagar dívida cai 34% em janeiro

O resultado é 34,2% menor do que o registrado em janeiro de 2013, quando foi de R$ 30,2 bilhões.

Superavit primário é a poupança feita para pagar os juros da dívida pública | Reprodução internet
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A diferença entre receitas e despesas do setor público ?que inclui União, Estados e municípios? foi de R$ 19,9 bilhões no primeiro mês do ano.

O resultado, chamado de superavit primário do setor público, é 34,2% menor do que o registrado em janeiro de 2013, quando foi de R$ 30,2 bilhões.

Superavit primário é a poupança feita para pagar os juros da dívida pública. A meta de poupança para 2014 anunciada pelo governo na semana passada é de R$ 99 bilhões, o equivalente a 1,9% do PIB (Produto Interno Bruto).

Em janeiro, o superavit foi equivalente a 4,8% da produção nacional.

Na esfera federal, as receitas superaram as despesas com pessoal, custeio, programas sociais e investimentos em R$ 12,5 bilhões.

Os governos estaduais foram responsáveis por um superavit primário de R$ 6,1 bilhões, enquanto municípios pouparam R$ 1,2 bilhão em janeiro.

GOVERNO FEDERAL

O resultado do governo federal mostrou uma disparada de gastos no mês passado, com pagamentos atrasados de 2013 e despesas federais com pessoal, programas sociais, custeio administrativo e investimentos. No total, as despesas tiveram alta de 19,5% e chegaram a R$ 90,1 bilhões.

A receita chegou a R$ 103,1 bilhões, numa alta de apenas 1,4% ?o desempenho foi prejudicado pelo fraco desempenho da economia.

Além disso, foi necessário elevar em 41,2% a parcela da arrecadação repassada obrigatoriamente aos Estados e municípios, em razão das receitas extraordinárias obtidas no ano passado com o programa de parcelamento de dívidas tributárias.

Assim, o saldo das contas do Tesouro Nacional caiu pela metade, de R$ 26,3 bilhões em janeiro de 2013 para R$ 13 bilhões no mês passado.

Conforme as metas do governo anunciadas na semana passada, o Tesouro Nacional deverá fazer uma poupança de R$ 80,8 bilhões até o final do ano, acima dos R$ 75,3 bilhões do ano passado.

O objetivo é manter o saldo das contas do governo, que influencia a expansão da dívida pública e a inflação, estável como proporção do Produto Interno Bruto -ou seja, das dimensões da economia nacional.

DÍVIDA

A dívida líquida acumulada do setor público ?ou seja, considerando governos federal e estaduais, além de municípios? está em R$ 1,61 bilhão em janeiro, um valor que corresponde a 33,3% do PIB.

Os juros nominais dessa dívida alcançaram R$ 30,4 bilhões no mês.

O superavit de janeiro, portanto, não foi suficiente para cobrir os juros - essa diferença ficou deficitária em R$ 10,5 bilhões.

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