Por causa de sua filha alérgica, mãe monta empresa e fatura R$ 7mi ao ano

Mas tudo começou com uma pilha de obstáculos, lá no início da década de 1990.

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A empresária Sarah Lazaretti, de 55 anos, viu nos problemas de alergia enfrentados por sua filha um modelo de negócio que, 20 anos depois, fatura em média R$ 7 milhões ao ano. A ideia de criar uma marca especializada em produtos para alérgicos, a Alergoshop, deu tão certo que hoje são três lojas próprias e um quiosque em São Paulo, além de quatro unidades franqueadas.

Mas tudo começou com uma pilha de obstáculos, lá no início da década de 1990.

Naquela época, Sarah levava a filha Marina Lazaretti ao médico em busca de informações sobre como combater a asma e uma dermatite atópica, doença de pele que provoca coceiras.

? Os médicos diziam: "Seria interessante se você achasse um hidratante, por exemplo, sem ureia, para passar depois do banho". [Eles me] ensinaram como é um banhinho morno com toalha felpuda.

Mas, no início dos anos 1990, não havia variedade de cosméticos nem produtos para alérgicos no Brasil. Segundo Sarah, os próprios médicos recomendavam a compra dos produtos no exterior. A solução então era pedir aos amigos que viajavam para fora para realizarem as compras.

Porém, em 1993, Sarah pensou em uma forma definitiva de resolver o problema: ela convidou a irmã, Julinha, para juntas abrirem a empresa.

? Eu sou enfermeira obstetra. A minha irmã é formada em biologia e fazia uma pós em imunologia. Aí nós falamos: "Vamos montar".

O pontapé inicial do negócio foi um investimento de R$ 15 mil e o aluguel de um sobrado pequeno na zona oeste de São Paulo. Todos os produtos vendidos, de capas a cosméticos, eram importados.

? O imposto de importação é em cima não só do produto como também do custo do frete. É tudo caro!

Para baratear os custos, as irmãs foram atrás de uma farmacêutica que pudesse desenvolver uma linha de cosméticos hipoalergênicos (com baixo potencial para provocar alergias).

Logo encontraram também uma outra pessoa para desenvolver as capas antiácaros e, assim, o negócio foi crescendo.

? Não existia esse nicho no Brasil, [fomos] nós que criamos. Como era muito novo, acabou saindo em inúmeras mídias e isso obviamente ajudou muito.

Após dois anos da Alergoshop criada, a marca já tinha duas lojas na capital paulista. Apesar do crescimento, Sarah lembra que os lucros apenas vieram depois de um ano e meio.

Franquias

Hoje os interessados no ramo podem montar uma franquia da Alergoshop. A marca tem três modelos de negócios: para shopping, o investimento é de R$ 171 mil; loja de rua, R$ 163 mil; e quiosque, R$ 103 mil.

O orçamento inclui toda a parte da marcenaria e o capital de giro necessário. A previsão de retorno do investimento é de 24 meses.

? O grau de fidelização dos clientes é muito alto. Você vai se sensibilizando ao longo da vida e desenvolve alergias. É um produto que as pessoas que leem, que gostam de cuidar da saúde, estão entendendo cada vez mais o quanto é legal usar um produto que não vai te fazer mal no futuro.

Há muito tempo Sarah abandonou a profissão de enfermeira para se dedicar exclusivamente à atividade de empresária. Além da irmã sócia, a filha Marina, que deu origem a tudo, trabalha no setor de marketing da empresa.

Para Sarah, o importante ao realizar um investimento de negócio é que as pessoas vibrem com o trabalho.

? Procurar alguma coisa que tenha entusiasmo, que vai fazer bem para sociedade. O dia a dia do empresário, principalmente aqui no Brasil, não é fácil. Tem a fiscalização, impostos altíssimos. Não é um País dos mais fáceis de você trabalhar com isso [o comércio].

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