Os brasileiros estão gastando mais para manter um plano de saúde em 2010.
Segundo dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na última terça-feira (21), entre janeiro e setembro deste ano, os planos acumulam alta de 5,01%.
Por capital, o Distrito Federal é a localidade com maior acréscimo, de 5,24%, até este mês. Em seguida, aparecem Belém (5,22%), Recife (5,21%) e Goiânia (5,21%), além das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, com altas de 5,17% e 5,14% até o nono de 2010.
Na comparação com agosto, a alta é de 0,58%, considerando a média das 11 capitais analisadas, enquanto que nos últimos 12 meses encerrados em setembro, os gastos dos consumidores com planos de saúde no Brasil já são 6,72% maiores do que no mesmo período do ano anterior.
EUA
A alta dos preços nos planos de saúde não é exclusividade do Brasil. Nos Estados Unidos, por exemplo, os trabalhadores estão pagando, em média, 14% a mais pelo seguro saúde familiar em 2010, segundo informa levantamento do Family Foundation.
De acordo com o estudo, os trabalhadores estão gastando cerca de US$ 4 mil para cobrir os gastos com o seguro família, em torno de US$ 482 acima do que pagaram no ano passado.
Empregadores
Por lá, a parcela paga pelos empregadores também subiu em 2010, aproximadamente 3%, para US$ 13.770.
Além disso, o estudo apurou que, neste ano, muitas empresas aumentaram a parcela do seguro paga pelos seus colaboradores, sendo que, em 2010, 27% dos profissionais abrangidos por um seguro da empresa pagam uma franquia anual de pelo menos US$ 1 mil, enquanto que no ano passado este percentual era de 22%. Nas pequenas empresas, inclusive, este percentual é ainda maior: em torno de 46%.
Já no seguro individual, os preços aumentaram em torno de 5% em 2010, atingindo cerca de US$ 5.049 por ano, sendo que os trabalhadores estão pagando em média US$ 899 por esta cobertura. No ano passado, a parcela de contribuição do empregado era de US$ 779.
Dentre os motivos apresentados pelo aumento da parcela paga pelo trabalhador para custear o seguro saúde, o estudo aponta o atual momento econômico como o principal.