O Ministério de Minas e Energia deve concluir em cerca de dois meses o Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEF), que listará políticas de curto, médio e longo prazos a serem implantadas para aumentar a eficiência no uso da energia elétrica até 2030.
Segundo o diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Hamilton Moss, a ideia é chegar, em 2030, a uma economia anual de 100 terawatts/hora, o equivalente à produção anual de Itaipu. Moss explicou que esse plano está sendo elaborado há seis meses e não tem relação com os picos de consumo de energia registrados neste mês, principalmente no Sudeste.
O consumo atingiu níveis recordes no início de fevereiro devido ao forte calor, que fez aumentar o uso de ar-condicionado. Esse aumento do consumo, associado ao fato de que o envio de energia de Itaipu foi reduzido para que se instalassem equipamentos adicionais de segurança nas linhas de transmissão, fez com que o governo mandasse acionar cerca de 3 mil MW (megawatts) de usinas termelétricas.
Segundo Moss, no plano de eficiência energética estão sendo estudadas medidas como a concessão de benefícios fiscais a equipamentos que consomem menos energia. Segundo ele, partiram desses estudos, inclusive, iniciativas recentes do Ministério da Fazenda de reduzir o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de geladeiras e outros equipamentos que sejam fabricados seguindo padrões de menor consumo. Outra medida que está em análise, segundo ele, é a autorização para que consumidores livres - grandes indústrias que podem escolher de quem compram a energia - possam vender o excedente não utilizado.