Pipoqueiro no PR se formaliza e oferece até cartão fidelidade; veja!

Ele vende mais de 200 saquinhos de pipoca por dia

Com cinco compras, clientes ganham mais um saquinho | Reprodução
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Em Curitiba, um pipoqueiro dá um exemplo de empreendedorismo. Ele é dono de um carrinho de pipoca e tem até cartão fidelidade. E agora ele se formalizou pelo programa do empreendedor individual e pode até emitir nota fiscal.

Valdir Novak comprou o carrinho de pipoca por R$ 5 mil. Ele trabalha junto com a mulher. E para atrair o consumidor, se tornou um pipoqueiro diferenciado.

O ponto, no centro de Curitiba, é fixo. E com muita dedicação, ele se tornou um empreendedor e conquistou a freguesia.

?Quando eu tive oportunidade de ter o meu ponto de vendas de pipoca aqui em Curitiba, eu senti a necessidade de fazer algumas inovações e melhorar diante da minha concorrência. Porque eu não queria ser só mais um pipoqueiro aqui na capital paranaense?, disse.

E os clientes são fieis. Tem sempre um à espera da pipoca quentinha. ?Nunca tinha provado uma pipoca tão gostosa. E a com bacon também. São as duas que eu mais gosto?, diz Tainara Oliveira.

E foi com ajuda do programa que o pipoqueiro deixou a informalidade e se tornou um empreendedor individual. ?Existem algumas atividades específicas que podem ser enquadradas na modalidade de empreendedor individual. Isso está disponível no portal do empreendedorindividual.org.br, onde você pode verificar quais são as atividades?, afirma Joana D´Arc de Melo, do Sebrae de Curitiba.

De acordo com o Sebrae, o Paraná possui mais de 56 mil empreendedores individuais. E desde o ano passado, Valdir é um deles. ?Não contribuía com o INSS. Eu não comprava direto com fornecedores com prazo de pagamento. Eu tinha que pagar à vista e comprar só no supermercado. E com isso, isso facilitou muito a minha vida?, relata.

O pipoqueiro conquistou o sonho de ter um negócio próprio com o programa do empreendedor individual. Hoje, ele tem CNPJ e ainda por cima dá palestras sobre empreendedorismo.

Toda a experiência está registrada em fotos. Com as dicas, a vida dele mudou. Além de palestras, ele participa de eventos em várias cidades brasileiras.

Hoje ele vende mais de 200 saquinhos de pipoca por dia. Cada um custa R$ 3. No inverno, a venda quase dobra. Para se tornar um empreendedor individual, a receita bruta não pode passar dos R$ 60 mil por ano.

?Realmente esse perfil empreendedor mostra o quanto nós temos espaço para inovar, para atuar como empresário, como empreendedor, em negócios que inicialmente você não seria uma empresa, um negócio. Então existe um espaço muito grande para isso aí. E o Valdir é um exemplo?, diz Joana.

Os clientes de Valdir são muito bem tratados. Eles compram a pipoca e ganham um kit exclusivo de higiene, que dá direito a álcool em gel, um guardanapo para limpar as mãos, fio dental e uma balinha de hortelã.

Com tanta dedicação, não tem quem resista à pipoca. ?Você é atendido pelos outros e não tem esse mesmo atendimento. Então esse é o diferencial dele?, sugere Arnoldo José Pereira.

E quem compra pipoca leva também um cartão fidelidade. Com cinco assinaturas, ganha mais um saquinho. Valdir tem um site na internet contando toda a história dele. Curiosidades sobre a pipoca e até um e-mail para contato. E ele está recebendo inclusive pedidos de franquia. ?É a gente tem vários propostas de franquia, mas no momento não pensei nisso, mas quem sabe um dia??, diz.

Ele é bem conhecido e o segredo de tanto sucesso está na ponta da língua: tratar bem os clientes.

?Eu sempre queria ter o meu próprio negócio e eu escolhi ser um pipoqueiro, porque eu adoro lidar com pessoas. Adoro viver sorrindo, porque eu sou uma pessoa para cima. Eu queria fazer, mostrar para as pessoas que por eu ser uma pessoa muito feliz, eu queria dividir essa felicidade com todos os meus clientes. Por isso que eu escolhi ser um pipoqueiro?, diz.

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