PIB do Piauí em 2015 teve a menor queda da região Nordeste

Cepro divulgou, nesta quinta-feira (16), os dados relativos ao PIB

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A Fundação Cepro divulgou, nesta quinta-feira (16), os dados relativos ao Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todas as riquezas produzidas no estado, em relação ao ano de 2015.

Em valores correntes, o PIB estadual do Piauí foi de R$ 39.148 bilhões, o que colocou o estado em 8º do ranking do nordeste e 21° do Brasil. Em 2014, foram R$ 37.723 bilhões.

A variação real do PIB estadual em 2014/2015 foi de -1,1%, sendo a menor queda no nordeste e a sexta menor do país. As maiores quedas foram do Amapá (-5,5%) e Amazonas (-5,4%).Para o ano de 2015, o PIB per capita estadual alcançou patamar de R$ 12.218,51 e, no ano anterior, o valor foi R$ 11.808,08. Em termos nominais, a variação anual da renda per capita em relação a 2014, foi de 3,48%.

Segundo Antonio José Medeiros, presidente da Fundação Cepro, o resultado do PIB do Piauí em 2015 foi um reflexo da crise nacional. “Todos os estados do Brasil tiveram um desempenho negativo. Se nos últimos anos a taxa de crescimento do PIB do Piauí foi maior que a do Brasil, agora mantemos a mesma proporção. O nosso decréscimo (-1,1%) é apenas um terço do decréscimo (-3,5%) do Brasil. Os estados de economia mais dinâmica do nordeste, Bahia (-3,4%), Pernambuco (-4,2%) e Ceará (-3,4%) tiveram desempenhos negativos maiores que o do Piauí. Mesmo estados com uma administração estadual reconhecidamente eficiente, como Espirito Santo (-2,1%), Santa Catarina (-4,2%) e Ceará, tiveram desempenhos negativos maiores que o do Piauí”, revelou o presidente.O consumo das famílias, que representa 62,5% do PIB, caiu 3,2%. Já o setor externo contribuiu positivamente, com crescimento de 6,8%. Os Serviços caíram 2,7%, com a maior queda no comércio (-7,3%); a Indústria caiu 5,8%, sendo a maior queda na Construção (-9%). O destaque positivo foi a Agropecuária, que cresceu 3,3%, com ênfase para a soja (+12,8%) e o milho em grãos (+4,3%).

Antonio José Medeiros explica que os anos de 2015 e 2016 foram anos de decréscimos, mas o ano de 2017 aponta para uma recuperação no Brasil e no Piauí. Já a renda per capita do piauiense continua crescendo. “Quando consideramos o período 2011-2015, o crescimento acumulado do PIB do Piauí foi de 19%, o do Nordeste 9,8% e o do Brasil 5,8%. Essa tendência de maior crescimento do Piauí em relação ao Brasil tem repercussões na renda per capita. Em 2003, a renda per capita do Piauí representava 31,2% da média nacional. Em 2011 subiu para 36,3%, em 2014 para 42,4% e em 2015, como decrescemos menos que o Brasil, a renda per capita aumentou para 42,6%”, concluiu o gestor.

O setor Agropecuário melhorou a participação na estrutura produtiva estadual, passando de 7,4%, em 2014, para 7,8% em 2015, aumentando, portanto, 0,4% pontos percentuais. A pecuária também aumentou a participação, saindo de 1,6% para 1,7%, e a Agricultura de 5,1% para 5,3%.No setor Industrial observou-se uma retração. A participação na estrutura produtiva caiu de 15,9% em 2014, para 13,5% em 2015, influenciada por um desempenho negativo nas atividades: eletricidade, gás e água, (-0,95%); construção (-0,71%); indústria de transformação (-0,59%) e indústria extrativa (-0,09%).

Já o setor Serviços aumentou a participação em 2015, saindo de 76,67% em 2014, para 78,65% do valor adicionado do PIB estadual, motivado, sobretudo, pela administração pública (33,3%). O Comércio perdeu participação em relação ao ano de 2014, caindo de 16,0% para 14,8% em 2015. Contribuíram para a retração: as vendas dos comércios atacadista e varejista e comércio das famílias produtoras.

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