O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou nesta terça-feira (6) que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) registrado em 2011, de 2,7%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é "satisfatório", visto que, segundo ele, foram gerados quase dois milhões de empregos formais no ano passado.
Ele lembrou que o resultado do PIB de 2011 também é fruto da ação do próprio governo federal para conter a inflação, por meio de medidas macroprudenciais tomadas em dezembro de 2010 e subida dos juros no primeiro semestre do ano passado. Mesmo com essas medidas, o IPCA somou 6,50% em 2011 - no teto do sistema de metas e a maior taxa anual desde 2004.
"O que nos levou a este resultado em 2011 foi um ajuste que foi feito principalmente no primeiro semestre de redução do ritmo de crescimento, que vinha muito forte em 2010. Foi diminuindo o ritmo, principalmente porque havia uma inflação mundial que corria o risco de contaminar o Brasil. Foi uma política de controle da inflação no primeiro semestre", declarou ele.
Além disso, Mantega avaliou que a deterioração da crise internacional pegou o governo brasileiro de surpresa. "Não contávamos com o agravamento da crise internacional. Se não tivesse havido agravamento da crise, crescimento seria mais perto de 4% do que de 3%. Tem um peso grande a deterioração da economia mundial no segundo semestre", declarou ele.