O ano que findou consolidou-se como 'um momento pujante para a ampliação da matriz elétrica no Brasil', segundo classificou a Agência Nacional de Energia Elétrica na terça-feira (03). O grande destaque para o aumento da oferta de energia foram as fontes renováveis, especialmente a eólica e solar fotovoltaica.
De acordo com a Aneel, o país encerrou o ano com uma expansão de 8.235,1 megawatts (MW), a segunda maior registrada na série histórica, atrás apenas dos 9.528 MW alcançados em 2016.
O Piauí foi o terceiro ente federativo com a maior expansão, totalizando um incremento de 1.177 MW, sendo 838 MW em usinas eólicas e 339 MW em usinas solares. Somente Minas Gerais e Bahia superaram a marca piauiense.
Os dados reverberam que as usinas eólicas e solares responderam, respectivamente, por 2922,5 MW e 2677,3 MW no Brasil. Usinas termelétricas a biomassa representaram 904,9 MW; as termelétricas que utilizam combustível fóssil contribuíram com 1.355,7 MW; e as centrais hidrelétricas somaram 374,6 MW.
A meta estabelecida pela ANEEL para a expansão do parque de geração centralizada em 2022, de 7.625 MW, foi ultrapassada em 21 de dezembro com a entrada em operação das unidades geradoras UG1 a UG9 da Eólica Oitis 22, totalizando 49,5 megawatts (MW).
Em termos regionais, o Nordeste ficou com a maior parte da ampliação registrada, com 4.518,7 MW, representando 55% do total do acréscimo no ano.
CAPACIDADE INSTALADA - Segundo o relatório da Agência, o Brasil somou 188.980,9 MW de potência fiscalizada até 31/12/2022, de acordo com dados do Sistema de Informações de Geração da ANEEL, o SIGA, atualizado diariamente com dados de usinas em operação e de empreendimentos outorgados em fase de construção. Desse total em operação, ainda de acordo com o SIGA, 83,24% das usinas são consideradas renováveis.