Apesar de ter sofrido os reflexos da crise econômica mundial, o Piauí deverá registrar um crescimento de 4% na economia em 2009. A avaliação é do secretário estadual de Planejamento, Sérgio Miranda. Segundo ele, a aposta é que o PIB (Produto Interno Bruto) do Estado ultrapasse a média da economia nacional e nordestina, que aponta um crescimento de cerca de 0,5% a 1%. ?Tivemos um crescimento forte das receitas próprias, mostrando que a economia piauiense demonstrou vitalidade mesmo em um ano de crise?, pontua Miranda.
De acordo com o secretário, a meta do PIB para 2010 é chegar à porcentagem de 7%, ultrapassando o valor estimado de crescimento para o Brasil, de 5%. ?Está havendo uma forte injeção de recursos públicos do Governo do Estado, favorecendo uma dinâmica importante da economia local. A própria iniciativa privada está coroando isso e investindo no Piauí, tanto grupos locais como de fora do Estado?, avalia, destacando que esse crescimento também é consequência do aumento na renda do piauiense que, para Sérgio, cresceu significativa nos últimos 8 anos.
Os dados oficiais de 2009, calculados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatíctica), só serão conhecidos oficialmente em 2011. Apesar da defasagem, Sérgio Miranda explica que o Estado calcula a estimativa com indicadores próprios, como o crescimento no número de empresas e consumo de mercadorias como o cimento, que demonstram a dinâmica positiva dos programas habitacionais do Governo Federal, e de energia elétrica.
?Certamente teremos desempenho acima da média nacional e da média nordestina, mantendo a tragetória construída desde 2003. Acreditamos que 2007 seja um ponto fora da curva, um ano atípico?, diz, referindo-se à última medição do IBGE do PIB no Estado.
O último PIB do Estado divulgado, referente ao ano de 2007, foi 2%. O valor será reavaliado pelo IBGE a pedido do governador Wellington Dias, que acredita ter havido um crescimento maior no Piauí. Os números da Fundação Cepro apontam que o PIB piauiense dobrou nos últimos anos. Em 2002 era de R$ 7,425 bilhões enquanto em 2008 chegou a R$ 14,915 bilhões, totalizando um aumento real de 5,52%.
Os setores que mais cresceram, segundo o órgão, foram a Indústria (12,33%), Serviços (4,19%), e Agropecuária (2,55%).
O Estado ainda possui uma participação pequena no PIB nacional, de 0,53%, ocupando a 23ª colocação em todo o país.