Petrobras tem pior situação da década e precisa de um reajuste

A Petrobras compra derivados de petróleo no exterior por um preço maior do que vende no mercado interno.

No momento, a direção da estatal negocia com o governo federal. | Reprodução
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A Petrobras está com a pior situação financeira em mais de uma década, segundo uma análise dos principais números da empresa, divulgada nesta terça-feira (26) pelo jornal "Valor Econômico".

Uma observação dos indicadores nos últimos 19 anos mostra, segundo o jornal, que a situação financeira da estatal atualmente se compara apenas com aquela vista no fim da década de 1990, quando o tamanho era metade do atual em termos de produção, e a cotação do petróleo oscilava, em média, abaixo de US$ 20, ante os mais de US$ 100 atuais.

A saída urgente, agora, na avaliação da própria empresa, de analistas e observadores ouvidos pelo "Valor", com a condição de não terem os nomes informados, é adotar a fórmula pretendida pela companhia que permita maior previsibilidade dos reajustes de preços.

No momento, a direção da estatal negocia com o governo federal --sócio majoritário da empresa-- uma fórmula de reajuste automático para a gasolina e o diesel, proposta pela Petrobras. O governo resiste a aprovar essa fórmula, segundo a Folha.

O aumento nos preços é cobrado pela Petrobras, como forma de alinhar os preços internos de derivados de petróleo aos valores internacionais, cotados em dólar.

A Petrobras compra derivados de petróleo no exterior por um preço maior do que vende no mercado interno. A medida é uma forma de ajudar o governo no controle da inflação.

Como as negociações internacionais são feitas em dólar, a valorização da moeda norte-americana no ano, que já chegou a 20% em 2013, prejudica os resultados da petrolífera.

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