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Petrobras reduz preço do diesel para distribuidoras a partir desta sexta (18)

Redução de R$ 0,12 por litro entra em vigor nesta sexta e pode aliviar inflação ao impactar custos logísticos no país

Carro sendo abastecido | Foto: José Cruz/Agência Brasil
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A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (17) uma redução de R$ 0,12 por litro no preço do diesel vendido às distribuidoras. A medida começa a valer a partir de sexta-feira (18). Com o corte, a parcela da estatal no valor final ao consumidor cairá para R$ 2,95 por litro.

Redução deve chegar ao consumidor

Considerando a mistura obrigatória de 14% de biodiesel, a queda efetiva nas bombas deve ser de cerca de R$ 0,10 por litro. A medida reverte parcialmente o reajuste de R$ 0,22 aplicado em janeiro e reflete a queda contínua dos preços internacionais do petróleo.

Contexto internacional influencia decisão

O corte acompanha a desvalorização do barril do Brent, pressionado por dois fatores principais: a desaceleração da demanda global e o excesso de oferta no mercado. O cenário é agravado pelas tarifas comerciais impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que têm gerado incertezas e instabilidade.

Governo nega interferência na estatal

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já havia sinalizado na semana passada que havia espaço para redução nos preços. “O preço do Brent desta semana tem todas as condições de ser reduzido. As loucuras do presidente Trump estão impactando o mercado”, afirmou, negando qualquer tipo de pressão sobre a Petrobras.

Como é formado o preço do diesel

O valor final pago pelo consumidor nos postos é composto por diferentes parcelas. A Petrobras responde por cerca de 86% do preço. O restante se divide entre o biodiesel (14%), impostos federais e estaduais (como PIS/Cofins e ICMS), além das margens de distribuição e revenda.

Alívio na inflação

A redução no diesel deve ter impacto direto na inflação, especialmente em produtos com custos logísticos elevados, como os alimentos. Antes da queda, dados da Abicom apontavam que o diesel da Petrobras estava R$ 0,11 acima da paridade internacional, ou seja, do preço médio praticado no mercado global.

Avaliação contínua

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, reforçou que a estatal reavalia os preços a cada 15 dias, com base no câmbio e nas variações do petróleo. “Não vamos importar confusões que não são nossas”, disse, em referência à volatilidade do cenário internacional.

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