A grande descoberta de petróleo na costa marítima do Brasil, a área de Libra, não entrará em produção antes de 2020 e o pico virá ao menos quatro anos depois, disse a presidente da companhia na noite de quinta-feira.
Maria das Graças Foster disse em entrevista à TV que investimentos pesados em Libra começarão em 2017 e 2018, dando algum tempo à altamente endividada Petrobras para levantar caixa para investir em produção em outras áreas.
A presidente Dilma Roussef estimou que somente na área de petróleo de Libra, leiloada na segunda-feira, serão arrecadados cerca de 1 trilhão de reais nos próximos 35 anos.
"O primeiro óleo de libra será em 2020 --o primeiro óleo da produção", disse Graça Foster, em entrevista transmitida pela Globo News na noite de quinta-feira. "O pico da produção é 2024, 2025."
O investimento demandando pela Petrobras em Libra será "muito pequeno" no curto prazo, de acordo com Graça Foster, diminuindo a pressão sobre a companhia altamente endividada e que tem um plano de investimento de 237 bilhões de dólares nos próximos cinco anos para elevar exploração e produção.
A Petrobras disse que revisará seu plano para pagar por Libra, que o governo brasileiro diz que necessitará de mais de 100 bilhões de dólares em investimentos para ser desenvolvida.
A Petrobras lidera, com 40 por cento de participação, o consórcio vencedor do leilão de Libra, formado também pela anglo-holandesa Shell e a francesa Total, com 20 por cento cada uma, e duas estatais chinesas, a CNPC e a CNOOC, cada uma com 10 por cento no consórcio.
Graça Foster disse que a estagnação da produção da companhia acabou e que a produção deve voltar a crescer significativamente nos meses finais deste ano.