Pesquisa: Primeira quinzena de janeiro obtém preços estáveis em supermercados

Foi constatado um fato inusitado: houve empate entre atacados.

A pesquisa de preços realizada pelo Jornal Meio Norte vai completar um ano em fevereiro e nesta semana. | Reprodução
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Na primeira quinzena do mês de janeiro, a pesquisa de preços realizada pelo Jornal Meio Norte, tanto nas quatro principais redes de Atacado quanto nas de supermercados da capital, tem revelado um equilíbrio de preços. Nos atacados, o ranking desta semana mostrou um fato inusitado: houve empate ? até mesmo nos centavos ? entre Atacadão Carrefour e Makro (cada um somou exatamente R$ 88,44). O vencedor, mais uma vez, foi o Maxxi, com R$ 85,34, apenas R$ 1,20 a menos que o segundo colocado, o Carvalho Mercadão, que aparece com R$ 86,54. Com esses resultados, a diferença do mais caro para o mais barato ficou em apenas R$ 3,10.

A metodologia da pesquisa anota os produtos mais baratos nos itens sem marca definida na tabela (exemplos: água sanitária, flocão de milho, feijão carioca) e procura pela marca em produtos cuja marca aparece especificada (a exemplo do leite Ninho). Ou seja, quem tem mais variedade de produtos acaba levando vantagem. Esse critério foi introduzido com o objetivo de contemplar os consumidores que sempre optam pelos itens mais em conta.

Em alguns casos, aparece uma marca específica, mas diante da falta dela, considera-se uma alternativa similar, para não penalizar tanto a soma final (que já é prejudicada pela falta de produtos elementares em vários dos atacadistas).

No caso do arroz tipo 1, é considerado em cada estabelecimento o mais barato dentre as marcas mais populares entre os consumidores.

Apesar de realizada há 11 meses, alguns estabelecimentos entre os atacados ainda tentam criar obstáculos para a realização da pesquisa de preços. Nosso levantamento já é consagrado pelos leitores e completará um ano em fevereiro mas, ainda assim, continua sofrendo restrições em alguns dos atacadistas pesquisados.

O levantamento de preços tem o objetivo de reproduzir a experiência vivida pelo consumidor ao buscar pelos produtos nas gôndolas ? algo que, à primeira vista, parece simples. Contudo, em dois dos estabelecimentos, o repórter precisa passar pela gerência, para solicitar autorização para a realização da pesquisa. A pedido dos atacadistas, precisa usar um crachá de identificação de visitante ? o que deveria pressupor que o repórter está autorizado a realizar o levantamento, que é de utilidade pública.

No entanto, mesmo com o uso do crachá de forma visível, por vezes ocorrem abordagens por conta de funcionários em um dos estabelecimentos, informando que o atacadista ?não aceita a realização da pesquisa de preços?. Na última segunda feira, data em que foram percorridos todos os atacadistas, o repórter foi abordado duas vezes em um mesmo atacadista, mesmo tendo sido autorizado previamente pela gerência.

Em outro local, a administração do estabelecimento chega a designar um funcionário para acompanhar o pesquisador. A direção alega que essa prática tem o objetivo de ajudar no levantamento, mas também cria-se um clima de desconfiança por parte do atacadista. Desconfiança um tanto desnecessária, já que a pesquisa é feita de forma isenta e com base na experiência do consumidor.

Supermercados

Já nos supermercados, o repórter pesquisador não encontra dificuldades para a realização do levantamento de preços, e esta semana, o que teve um melhor desempenho de preços foi o Extra, com total de R$ 309,68, repetindo o bom desempenho registrado na semana anterior. Logo em seguida ficou o Hiper Bompreço (R$ 332,62). O Pão de Açúcar ocupou a terceira posição com total de R$ 336,06, já o supermercado que mostrou pior desempenho em termos de economia foi o Comercial Carvalho, com um total de R$ 340,34, tendo os preços mais caros destacados em vermelho.

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