Pesquisa aponta que crédito imobiliário no Brasil vai triplicar

Bradesco aponta que sua carteira de crédito atingiu R$ 215,536 bilhões em setembro deste ano

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O crédito imobiliário no Brasil como proporção do PIB (Produto Interno Bruto) deve triplicar nos próximos cinco anos, afirmou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, em teleconferência com jornalistas nesta quarta-feira. "O setor tem um potencial enorme de crescimento, e é um foco da organização", disse.

Segundo ele, os financiamentos imobiliários de todas as instituições no país somam hoje cerca de 3,5% do PIB, e o número deve atingir 11,4% em 2014. "Nós estamos vivendo um momento expansionista da construção civil no Brasil, o que é muito bom, porque gera emprego e renda. E vamos mirar 10% do PIB nos próximos cinco anos", afirmou.

Trabuco ressaltou que a expansão vai levar em conta as experiências vividas pelos Estados Unidos e Europa, evitando passar pelos mesmos problemas. "Vamos priorizar sempre o financiamento do proprietário, e não do imóvel", explicou. Em balanço divulgado hoje, o Bradesco aponta que sua carteira de crédito atingiu R$ 215,536 bilhões em setembro deste ano, crescimento de 10,2% em relação a igual período do ano anterior.

Dentro desta carteira, os financiamentos imobiliários cresceram 5%, chegando a R$ 2,853 bilhões. "Praticamente todo o crescimento [na carteira total] é explicado por novos tomadores de crédito, o que mostra que nós estamos crescendo com qualidade e diversificando os riscos", afirmou o vice-presidente e diretor de relações com investidores do Bradesco, Domingos de Abreu.

De acordo com ele, a instituição vem percebendo um aumento na demanda por recursos tanto das pessoas físicas quanto das jurídicas, "que estão voltando a investir", disse. "Isso nos permite acreditar que o nosso guidance, de crescimento entre 8% e 12% na carteira neste ano, deve ser atingido." A expectativa do banco é de que, com a recuperação forte da economia do ano que vem --o Bradesco prevê alta de 5,4% no PIB em 2010--, o ritmo de crescimento do crédito aumente e atinja 20%. Além disso, as taxas de inadimplência, que chegaram a 5% para pessoas físicas e jurídicas em setembro, devem voltar a cair, atingindo os níveis registrados antes da crise.

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