Os parques eólicos serão construídos em seis municípios piauienses e vão beneficiar com a geração de emprego e renda durante a obra e depois de concluída. Aproximadamente R$ 5,2 bilhões serão investidos até 2015
Com produção inicial de 1.300MW de energia eólica e investimentos aproximados de R$ 5,2 bilhões até 2015, o projeto Ventos do Araripe foi apresentado aos empresários piauienses durante encontro realizado na segunda (24), em Teresina.
Também foram abordadas as oportunidades de negócios com a instalação dos parques eólicos localizados nos municípios de Caldeirão Grande, Simões, Padre Marcos, Marcolândia, Curral Novo e Betânia.
E as oportunidades de geração de emprego e renda também serão ampliadas. De imediato, devem ser gerados 3 mil empregos diretos e ao final da construção dos parques, 300 serão mantidos. Os proprietários rurais também serão beneficiados, tendo em vista o investimento de R$ 1 milhão a serem repassados diretamente aos proprietários de terras.
Aos empresários, as oportunidades são variadas: aluguel de containers, máquinas e equipamentos, guindastes, torres de iluminação, veículos, imóveis, fornecimento de combustível, alimentação, construção civil, serviços de telecomunicações e outros que devem iniciar, por etapas, no próximo mês de abril e se estendendo até janeiro de 2016.
?Como se observa, a instalação dos parques eólicos movimentará toda a região, num verdadeiro tsunami econômico, contemplando o semiárido, com emprego direto e indireto, melhoria na renda e na qualidade de vida de aproximadamente 40 mil habitantes desses seis municípios?, explica o secretário de Estado do Planejamento, Cezar Fortes.
Para o governador Wilson Martins, ?é um novo Piauí que se está construindo, não é um sonho, é uma realidade que já estamos vivenciando?, declarou. O governador destacou ainda que este projeto ?é sem dúvida um dos maiores investimentos realizados no Estado, tendo algo parecido na década 70, quando da instalação da Usina da Boa Esperança, com o Governo dando todo o suporte e incentivo necessários para que esse sonho torne-se realidade?.
O presidente da Casa dos Ventos, Mário Araripe, afirma que estes investimentos estão acontecendo, uma vez que a energia a ser produzida no Estado já está comercializada. ?A energia que será produzida está negociada, com prazo de entrega. Ou seja, é fazer ou fazer.
E iniciamos os projetos?. E os resultados, completa, ?é um pouco poético o que irei dizer: os ventos vão proporcionar um bem-estar social incalculável. O Piauí tem uma jazida de ventos que ninguém tira e só traz benefícios?.
O projeto tem capacidade instalada estimada em 3GW, suficiente para atender aproximadamente 6 milhões de domicílios e tornar o Estado autossuficente e posteriormente exportador de energia.
Para dimensionar a capacidade de produção, a Barragem da Boa Esperança produz 237MW: a região vai produzir 12 vezes o que se produz a Boa Esperança.