O pãozinho francês ficou mais caro pelo décimo mês seguido para o brasileiro e já acumula alta de 3,83% em 2010, de acordo com o IPV (Índice de Preços no Varejo) da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) divulgado nesta segunda-feira (4). Só em agosto, o preço do pão subiu em média 0,38%.
O motivo do aumento do preço do pão é a redução da produção de trigo da Rússia, causada pela forte seca e pelas baixas temperaturas.
Como o Brasil não consegue produzir todo o trigo de que precisa, compra o que falta da Rússia, que, por sua vez, não consegue atender a procura pelo produto, explica a assessora econômica da Fecomercio Julia Ximenes.
- Com a redução na oferta do produto no mercado internacional, o preço do trigo tem subido e o Brasil tem destinado sua produção para este mercado; daí o aumento no custo do pão.
Além do pãozinho, o brasileiro também está pagando mais caro por quase todos os produtos comercializados nas padarias, segundo Julia.
- Os produtos vendidos na padaria estão todos mais caros. No ano, o setor já acumula alta de 4,5%. Além dos panificados, os preços de doces, bebidas, frios e laticínios estão maiores que nos meses anteriores.
No geral, o IPV permaneceu estável na passagem de julho para agosto, com uma ligeira queda de 0,05%. Entretanto, no ano, os preços em São Paulo já acumulam alta de 1,57%.
Entre os 21 grupos analisados pelo indicador, oito tiveram diminuição nos preços médios: eletroeletrônicos (-0,76%), supermercados (-0,3%), veículos (-0,78%), feiras (-1,22%), jornais e revistas (-6,1%), eletrodomésticos (-0,66%), brinquedos (-0,24%) e autopeças e acessórios (-0,26%).
Por outro lado, os segmentos que apresentaram elevação nos preços médios dos produtos foram óticas (0,14%), drogarias e perfumarias (0,07%), material de escritório (0,63%), livrarias (0,57%), floriculturas (2,57%), relojoarias (0,85%), CDs (0,87%), material de construção (0,47%), padarias (0,39%), móveis e decorações (0,37%), vestuários, tecidos e calçados (0,15%), açougues (2,88%) e combustíveis e lubrificantes (0,89%).