O Grupo Pão de Açúcar anunciou nesta sexta-feira (2) o novo acordo de fusão com a Casas Bahia, depois de mais de quatro meses de negociações. Agora, a rede de Abílio Diniz concordou em fazer um lançamento adicional de ações entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões na Nova Casas Bahia - empresa resultante da fusão entre Casas Bahia, Extra Eletro e Ponto Frio.
O principal ponto de conflito do negócios, anunciado originalmente em dezembro, era financeiro. O objetivo é equilibrar os valores das duas empresas: o dinheiro vai sair do caixa do Pão de Açúcar para a nova empresa.
Quando o contrato começou a ser rediscutido, em março deste ano, a família Klein, controladora da Casas Bahia, alegava que o valor atribuído à empresa havia ficado pelo menos R$ 2 bilhões abaixo do correto e queria acertar essa diferença.
Um novo acordo de acionistas também foi criado, para que o poder entre os sócios no novo grupo seja mais compartilhado e que os Klein tenham direito a veto nas decisões estratégicas que envolvam a diluição de sua participação, segundo fontes.
Desde o começo, a família se mostrava insatisfeita com a estrutura de poder criada na nova companhia: os Klein ganharam a presidência, mas tinham de submeter suas decisões a Abílio Diniz.
A revisão ainda pode render à família Klein cerca de R$ 200 milhões em dinheiro. No fechamento do balanço de 31 de julho, a empresa fará um a revisão em suas contas, levando em conta os recebíveis (compromisso de pagamento futuro), segundo fontes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.