Em uma decisão histórica, o conselho do Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou o poder de votação de grandes economias emergentes e tornou a China a terceira maior voz do organismo credor.
"Esse acordo histórico é a reforma de governança mais fundamental dos 65 anos de história do fundo e a maior mudança de influência em favor do mercado emergente e dos países em desenvolvimento para reconhecer seu papel crescente na economia global", afirmou o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, em entrevista coletiva.
Sob o acordo, aprovado primeiramente pelos ministros de Finanças do G20 na Coreia do Sul no mês passado, seis por cento das cotas de votação do FMI serão transferidos das economias industrializadas para o "dinâmico" mercado emergente.
A medida coloca a China em terceiro lugar depois de Estados Unidos e Japão, e à frente de potências europeias como Alemanha, França e Grã-Bretanha. Também eleva Índia, Brasil e Rússia, que estão agora entre as 10 primeiras posições.
As economias emergentes têm lentamente ganhado influência no FMI, mas a decisão de sexta-feira é até o momento a mais significativa e corresponde a uma reforma da ordem econômica mundial estabelecida quando o órgão foi criado, após a Segunda Guerra Mundial.