A geração de empregos no mercado de trabalho formal bateu novo recorde em março. Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o número de vagas criadas no mês passado foi o maior para o período desde 1992. O melhor resultado havia sido registrado em 2008, quando foram gerados 204 mil empregos em março.
"A economia está crescendo em ritmo crescente e consistente, principalmente a indústria. Vamos gerar mais de 2 milhões de empregos formais neste ano", declarou o ministro. Dados do Ministério do Trabalho mostram que, desde janeiro de 2003, já foram criados 12,14 milhões de empregos com carteira assinada.
Emprego na indústria tem alta de 0,6% em fevereiro, aponta IBGE
Montadoras preveem volta do emprego aos níveis pré-crise até junho
Ascensão social da população brasileira deve continuar, aponta FGV
Na avaliação do ministro, o governo Lula deverá acumular, nos dois mandatos do presidente, de 14 milhões a 15 milhões de vagas formais. "Isso representa mais de 50% do estoque de empregos formais existentes em 2002", disse Lupi.
Novas profissões
Ontem, o ministro divulgou a nova CBO (Classificação Brasileira de Ocupações). Conforme a Folha antecipou no último dia 28, foram incluídas 47 novas profissões no documento. Entre elas estão as de engenheiro de alimentos, de chefe de cozinha e médico da estratégia de saúde da família.
Veja a lista completa nas novas profissões
A CBO é usada pelas empresas para o preenchimento da carteira de trabalho e para efeitos de Imposto de Renda da Pessoa Física. Além disso, é utilizado em pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), registros de mortes e doenças do trabalho pelo Ministério da Saúde e em outras políticas públicas, como seguro-desemprego, qualificação profissional e aprendizagem.
"Essas ocupações passam a ser reconhecidas oficialmente pelo governo, apesar de não serem legalizadas ou regulamentadas por lei. A classificação permite até que os trabalhadores passem a se organizar mais para conquistar a legalização", disse Lupi.