O pagamento do 13º salário dos trabalhadores brasileiros irá colocar R$ 102 bilhões na economia, o equivalente a 2,2% de toda a riqueza produzida no Brasil, o PIB (Produto Interno Bruto), segundo dados divulgados nesta quinta-feira (21) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
O valor inclui todos os trabalhadores com carteira assinada do país, inclusive os empregados domésticos, aposentados e pensionistas. Ao todo, 74 milhões de brasileiros serão beneficiados. O maior valor médio para o 13º (considerando todas as categorias de beneficiados) deve ser pago em Brasília - R$ 2.850 ? e o menor, no Maranhão- R$ 830.
O número é superior em 5,85% ao observado em 2009. A estimativa é a de que quase 5 milhões de pessoas passarão a receber o benefício, por terem requerido aposentadoria ou pensão, ou terem sido incluídas no mercado de trabalho.
De acordo com o Dieese, a retomada das contratações foi fundamental no crescimento do número de beneficiários, na comparação com o ano passado.
Desse total, cerca de 60% é são empregados com carteira assinada e 40% aposentado ou pensionista da Previdência Social. Em números, R$ 71 bilhões vão para os trabalhadores formais, R$ 5,5 bilhões para os aposentados e pensionistas da União e R$ 4,7 bilhões para os aposentados e pensionistas dos Estados.
A maior parcela dos beneficiários está no Sudeste (51,4%), seguida pela região Sul (15,4%) e Nordeste (14,9%). Para as regiões Centro-Oeste e Norte, irão, respectivamente, 8,5% e 4,3%. Os servidores públicos federais respondem por 5,4% do montante e podem viver em qualquer região do país.
Em termos médios, o valor do 13º salário pago aos trabalhadores com carteira assinada corresponde a R$ 1.609. A maior média deve ser paga para os trabalhadores do setor de serviços, correspondente a R$ 1.888; o setor industrial aparece com o segundo valor, equivalente a R$ 1.803 e o menor 13º salário (R$ 900) foi verificado entre os trabalhadores do setor primário da economia.
A estimativa feita pelo Dieese leva em conta dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego. Também foram consideradas informações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e informações do Ministério da Previdência e Assistência Social e da STN (Secretaria Nacional do Tesouro).