A OSX, empresa de infraestrutura do grupo EBX, anunciou agora à noite a rescisão de contrato de afretamento e operação da plataforma OSX-1 com a OGX, companhia do mesmo conglomerado, do empresário Eike Batista. A plataforma está no campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos.
A intenção da empresa é negociar a venda da plataforma para outro cliente e assim conseguir dinheiro para o pagamento de dívidas. Segundo fato relevante, as tratativas para desconectar a plataforma do campo já foram iniciadas. A OSX fez um acordo com credores, que deram até o dia 13 de dezembro para que a empresa tente se desfazer da plataforma.
No documento, assinado por Luiz Guilherme Esteves Marques, diretor financeiro e de relações com investidores da OSX, a empresa mostra que não perdoará as dívidas da OGX e diz que ?buscará exercer seus direitos legais na obtenção de valores atrasados e verbas rescisórias previstas em contrato e na legislação aplicável?.
A OSX diz ainda que não participou da negociação entre OGX e seus credores e disse não ter responsabilidade nas informações fornecidas pela companhia em fato relevante divulgado na madrugada desta terça-feira. "Por oportuno, cumpre ainda à OSX esclarecer serem de responsabilidade única e exclusiva da cliente OGX as informações por ela disponibilizadas em adição ao conteúdo de seu Fato Relevante (...) A OSX não participou ou sequer tinha conhecimento da elaboração e/ou do conteúdo de tal documentação publicada pela cliente OGX e, assim sendo, a OSX desde já reserva todo e quaisquer direitos de que é titular em seus contratos comerciais com a cliente OGX", diz a empresa no Fato Relevante.
A intenção da OSX de renegociar seus ativos já tinha sido cogitada. Segundo fontes próximas às negociações do grupo EBX, a empresa tem chance de escapar da recuperação judicial. No entanto, precisaria conseguir vender suas três plataformas de petróleo: uma no campo de Tubarão Azul, outra na Malásia e a terceira em Tubarão Martelo.
O dinheiro com a venda desses ativos seria suficiente para pagar a dívida e ainda sobraria um pouco. Se a empresa conseguisse renegociar a dívida do estaleiro com credores, seria possível continuar produzindo sem precisar entrar em recuperação judicial.