O orçamento da Caixa Econômica Federal para habitação em 2014 deve superar o ano anterior em mais de R$ 16 bilhões. O vice-presidente da organização, Márcio Percival, afirmou nesta sexta-feira (16) que a previsão é de um gasto no setor em torno de R$ 150 bilhões. A informação foi divulgada após a abertura do Feirão da Casa Própria no Rio de Janeiro.
"Tem uma previsão que a gente vai fazer em torno de R$ 150 bilhões de créditos esse ano. Fizemos R$ 134 [bilhões] em 2013. Então, nossa expectativa é chegar a R$ 150, 155 bilhões. Isso é a nossa projeção, está no nosso planejamento estratégico", declarou.
Percival afirmou que o banco vai continuar a oferecer as menores taxas de juros do mercado para compra de imóveis. Segundo ele, a entrada de outras organizações bancárias no setor de habitação não deve interferir na parcela que a Caixa ocupa nesse tipo de financiamento.
"A concorrência, os outros bancos estão entrando no mercado para oferecer financiamento imobiliário, mas nosso objetivo é manter o nosso share nesse patamar de 69, 70% [do mercado]. Nossa preocupação é com a originação [início de novos negócios]", afirmou.
O vice-presidente declarou também que não teme que a portabilidade bancária ? que permite que os clientes possam transferir suas dívidas de um banco para o outro ? interfira no desempenho e nos resultados que a empresa vêm alcançando no financiamento de habitação.
"Estamos fazendo R$ 5 bilhões de contratação por mês. Já fizemos esse ano em torno de R$ 25 bilhões. A gente está muito focado, a preocupação é fazer a originação, porque esse programa é importante para a Caixa, para o país e para a população. Nosso principal objetivo é promover o financiamento e a habitação para a população. Estamos muito confiantes, não temos uma estratégia para tirar cliente de outro banco, nada disso. E com a nossa estratégia, nós vamos manter esse 68, 69, 70% de share [participação no mercado]" garantiu.
Inadimplência
Ele afirmou ainda que o número de inadimplência nos financiamentos da casa própria giram em torno de 2%.
"Pode dar uma oscilada, depende de questões sazonais [variações conforme a época do ano], mas com esse número que a gente projeta, a inadimplência até o final do ano é em torno de 2% e é considerado baixo. Esse produto habitação é de baixo risco. Com relação ao total da nossa carta de crédito, ele representa 56%. Essa é a qualidade dos ativos da Caixa. Por isso todos os bancos querem fazer", concluiu.