
Entre as 6h de sexta-feira (21) e as 18h de sábado (22), foram realizadas mais de 29,3 milhões de simulações do novo empréstimo consignado voltado ao setor privado, o Crédito do Trabalhador. Desse total, 2,96 milhões de propostas foram solicitadas e 6.683 contratos efetivados, segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O alto interesse impulsionou o número de acessos ao aplicativo Carteira de Trabalho Digital, plataforma usada para as simulações e contratações, que registrou um volume 12 vezes superior à média semanal dos últimos três meses.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, recomendou cautela aos trabalhadores. “Não é preciso pressa. O ideal é esperar as 24 horas para avaliar as propostas que os bancos apresentarão pelo aplicativo. O trabalhador deve analisar com calma a melhor opção”, afirmou.
Como funciona o Crédito do Trabalhador
O Crédito do Trabalhador é uma nova modalidade de empréstimo consignado para empregados do setor privado com carteira assinada, alcançando um público potencial de 47 milhões de pessoas.
Pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, na aba específica do programa, o trabalhador autoriza o acesso dos bancos a dados como nome, CPF, salário e tempo de empresa. Após isso, as instituições financeiras têm 24 horas para apresentar suas propostas, permitindo que o trabalhador escolha a mais vantajosa.
O diferencial dessa modalidade é que o desconto das parcelas será feito diretamente na folha de pagamento via e-Social, o que amplia o acesso ao crédito mesmo para empregados de pequenas empresas ou trabalhadores domésticos, antes excluídos por falta de convênio com instituições bancárias.
Limites e garantias
O trabalhador poderá comprometer até 35% do salário com as parcelas do empréstimo. Como garantia adicional, poderá utilizar até 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória, em caso de demissão sem justa causa.
A expectativa do governo é que, com essas garantias e o aumento da competição entre os bancos, os juros das operações sejam reduzidos, tornando o crédito mais acessível e barato.
Caso o trabalhador desista do empréstimo, terá até sete dias corridos após o recebimento do valor para devolver integralmente o dinheiro à instituição financeira, sem custos adicionais.