O aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho formal foi maior do que o dos homens no ano passado, de acordo com a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), divulgada pelo Ministério do Trabalho.
Enquanto a mão de obra feminina aumentou 5,93%, a masculina aumentou 4,49%.Em dezembro de 2011, elas representavam 41,90% dos trabalhadores com carteira assinada no país.
A participação feminina cresce proporcionalmente à escolaridade: entre os empregados analfabetos, elas são 12,5%; entre os com ensino superior completo, 58,53%.
Entretanto, a diferença de remuneração entre os gêneros permanece e também aumenta com a escolaridade. Enquanto as analfabetas ganham cerca de 85% do rendimento dos homens, o salário cai para 60% do masculino no nível superior completo.
Em dezembro de 2011, o salário médio recebido pelos homens era de R$ 1.828,90, e o das mulheres, R$ 1.393,34.
Para Rodolfo Torelli, diretor do Departamento de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho, a diferença pode ser explicada pela entrada "tardia" das mulheres no mercado de trabalho.
"Elas demoram mais para galgar os degraus da empresa, e, muitas vezes, apesar de terem a mesma escolaridade, ficam em cargos inferiores aos dos homens, ganhando menos", afirma o diretor.