Os mercados esperavam muito mais dessa reunião dos dois líderes Ângela Merkel e Nicolas Sarkozy, porque os números do crescimento na Europa não foram nada bons. De abril a junho, o crescimento da União Europeia foi de 0,2%. A França, zero, sem crescimento. A Alemanha, 0,1%. Reino Unido e Espanha, 0,2%, e Itália, 0,3%. Portugal teve crescimento negativo de 0,9%, ou seja, redução. O que poderia a essa altura ajudar a acalmar os mercados europeus?
Eles querem mágica. Querem que o problema desapareça de repente. E o problema não vai desaparecer. Eles esperavam que, nessa reunião entre o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, eles anunciassem, por exemplo ? esse era o sonho ?, o aumento do Fundo de Estabilização Europeu, que hoje tem ? 400 bilhões, fosse para ? 1 trilhão. Para mostrar mais dinheiro que pudesse resgatar um país grande, por exemplo, que estivesse em dificuldade.
A outra solução que eles querem, que também não vai acontecer, pelo menos por enquanto, é a criação de um bônus europeu. Esse bônus seria trocado pelos papéis da dívida dos países com problemas. Tudo isso tem de combinar com os eleitores, tem de combinar com a Alemanha. Principalmente o eleitor da Alemanha não quer pagar essa conta. Tem de combinar também com os eleitores dos países periféricos que teriam de aceitar uma disciplina fiscal muito mais rígida.
Os dados mostram que a Europa não está crescendo, não vai crescer por um longo tempo. Mas, nesta semana, os mercados estão um pouco melhores. Na semana passada, era caso de pânico. Agora, é um caso de pessimismo. Melhorou um pouco.