Ministro afirma que China ofereceu empréstimo de R$ 10 bi para a Petrobras

Os chineses podem exigir uma parcela da produção de petróleo

Ministro Edison Lobão | Divulgaçao
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O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou em entrevista concedida a Valdo Cruz e Humberto Medina que a China ofereceu um empréstimo de R$ 10 bilhões para a Petrobras investir na exploração do pré-sal.

O ministro afirmou que os chineses podem exigir uma parcela da produção de petróleo como contrapartida ao empréstimo.

De acordo com Lobão, a estatal pode até receber parte das reservas internacionais brasileiras caso ela necessite de recursos para garantir a implementação de seu cronograma de investimentos

Ao dizer que não faltará à estatal recurso para investimentos, Lobão revelou que a "China está oferecendo à Petrobras US$ 10 bilhões em um primeiro momento" para desenvolver o petróleo do pré-sal e que, se necessário, o governo "usará parte das reservas externas do país", de cerca de US$ 200 bilhões, como empréstimo.

O ministro disse ainda que o novo modelo de exploração de petróleo pode ser definido na próxima semana e que a criação de uma estatal com o sistema de partilha de produção é a proposta que conta com maiores adesões.

Segundo ele, o modelo de partilha, semelhante ao adotado na Noruega, deverá ser implantado no pré-sal.

O ministro, no entanto, acrescentou que o presidente Lula quer um debate público antes da decisão final.

Na semana passada, o diretor de exploração e produção da Petrobras, Guilherme Estrella, havia afirmado que, pesar da crise financeira internacional, a empresa não vai diminuir os investimentos ou excluir projetos do novo plano de negócios 2009-2013, que deverá ser divulgado no próximo dia 19.

"A empresa não está pensando [em reduzir projetos]. Não é premissa deste plano a diminuição de investimentos e tampouco a exclusão e não realização de novos projetos", afirmou.

O executivo destacou que os projetos do pré-sal vão se somar ao que já está previsto no atual plano da companhia que engloba o período entre 2008 e 2012 e prevê investimentos totais de US$ 112,4 bilhões.

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