Metalúrgicos da GM pedem aumento salarial de cerca de 13%

Os trabalhadores já haviam aceitado proposta da empresa para evitar demissões em massa.

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O sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos (SP)--que representa os trabalhadores da General Motors e 12 fabricantes de autopeças na região-- vai reivindicar um reajuste de 12,86% na campanha salarial deste ano.

Os trabalhadores já haviam aceitado proposta da empresa para evitar demissões em massa, aceitando a dispensa temporária de 940 funcionários. Como parte da negociação, a GM informou que continuará a produzir o modelo Classic na linha de montagem de São José dos Campos --que corria o risco de ser fechada-- até novembro.

A proposta de reajuste, já aprovada em assembleia geral da categoria, corresponde a uma reposição de 5,01% da inflação prevista pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais um aumento real de 7,48%.

A campanha começa no momento em que o sindicato e a GM negociam alternativas à fábrica da montadora em São José dos Campos, que, sem receber novos investimentos, passa por processo de esvaziamento e deixou de produzir três modelos recentemente: Corsa, Meriva e Zafira.

No último sábado, as partes fecharam um acordo para evitar demissões em massa que prevê a dispensa temporária --até 30 de novembro-- de 940 trabalhadores da GM, além da abertura de um programa de demissões voluntárias para os 7.500 funcionários da fábrica.

Em nota, o vice-presidente do sindicato dos metalúrgicos, Herbert Claros da Silva, defende que, após os incentivos dados pelo governo, --como a redução do IPI-- a GM e as fábricas de autopeças não têm motivos para endurecer nas negociações.

"Pelo contrário, os trabalhadores passaram o ano dando duro na linha de produção e, portanto, vão lutar por aumento real de salário", afirma.

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