O mercado reduziu sua estimativa para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano a 5,35%, ante projeção anterior de 5,42%, mostrou o relatório de mercado do Banco Central, também conhecido como Focus e divulgado nesta segunda-feira (26). O documento é fruto de pesquisa da autoridade monetária com os analistas do mercado financeiro.
Previsão para a expansão do PIB em 2010 ficou em 7,2%.
A previsão de IPCA no ano que vem foi mantida em 4,8%.
Na primeira divulgação desde que o BC abrandou o ritmo do aperto monetário no Brasil, o Focus mostrou também que a projeção para a Selic no final deste ano recuou a 11,75%, ante 12% na semana anterior.
Juros
O mercado financeiro reduziu a previsão para a Selic (a taxa básica de juros da economia) para o fim de 2010, de 12% para 11,75% ao ano. Já a projeção para a taxa no fim de 2011 permaneceu em 11,75% ao ano.
A estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2010 não sofreu alterações. A previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano ficou em 7,20%. Para 2011, a previsão para o PIB foi mantida em um crescimento de 4,50%. No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2010 recuou de 12,12% para 12,10%. Para 2011, a projeção para o avanço da indústria permaneceu em 5,00%.
Câmbio
Os analistas mantiveram a previsão para o patamar do dólar no fim do ano. O nível da moeda norte-americana no fim de 2010 seguiu em R$ 1,80. Para o fim de 2011, a expectativa para a moeda americana permaneceu em R$ 1,85. A previsão do câmbio médio no decorrer de 2010 seguiu em R$ 1,80.
O mercado financeiro alterou ainda as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano subiu de US$ 47,46 bilhões para US$ 48,00 bilhões. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos caiu de US$ 60 bilhões para US$ 57,93 bilhões.
Já a previsão de superávit comercial em 2010 caiu de US$ 16,00 bilhões para US$ 15,41 bilhões. Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial subiu de US$ 7,81 bilhões para US$ 8,00 bilhões. Analistas reduziram ainda a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010 de US$ 34,30 bilhões para US$ 33,65 bilhões. Para 2011, a estimativa para o IED permaneceu em US$ 40 bilhões.